Ter, 21/06/2005 - 16:25
As portas da minha cidade,
Têm uma fechadura peculiar,
Nenhuma chave entra nela
E ninguém a pode arrombar.
Qual será o pequeno segredo
Para na minha cidade entrar?
Não, ninguém o conhece…
Só os que sabem cá estar.
A nossa terra é acolhedora
Como manda a tradição,
Venha, venha lá experimentar,
Um bom folar com salpicão.
É uma cidade pequena,
Mas tudo o que é pequeno é belo,
E cá não há-de faltar
A Torre da princesa, nem o castelo.
Entre nas nossas muralhas,
Invada o nosso coração,
Veja a domus e guarde
Essa imagem com emoção.
Há quem tenha grandes mares,
Mesmo ao pé de si juntinho,
Os nossos mares são os montes,
Que dá gosto ver em Montesinho.
Experimente viajar
Por essas aldeias fora,
Vai gostar, acredite!
Aventure-se e vá agora!
Verá o fim do Outono
Os montes de amarelo coloridos
Diga lá, admirando esta paisagem
Haverá dias mais divertidos?
E no Inverno, espere por ele…
E vá ver como ficam os lameiros.
Invadidos por água, de água cheios,
Regados por prateadas chuvas e ribeiros.
E, nos vales,
As nuvens descem à terra
A neblina abraça-nos
E nunca se sabe o que encerra.
Talvez por detrás dessa brancura,
Exista um universo de fantasia,
Atreva-se e aventure-se
Nesta terra de utopia.
Ouve o sino tocar?
Ouça o som com atenção,
Ele lhe dirá para visitar
“Bragança, a cidade com coração”!
Lúcia Pires