Bombeiros de Bragança transformam viatura para resgate animal

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Ter, 24/08/2021 - 11:50


Animais feridos são levados para o veterinário e se não tiverem dono é a autarquia que suporta os gastos

Os Bombeiros Voluntários de Bragança têm agora uma viatura para resgate de animais feridos ou recolha de animais mortos. Por mês, os bombeiros resgatam entre três a quatro animais e tendo em conta as várias solicitações, consideraram importante ter um carro só para o efeito. A viatura já pertencia à corporação, mas foi adaptada, com cestos para o transporte dos animais mais pequenos e material de primeiros socorros. Tem ainda equipamento para exterminar vespas asiáticas. Depois de recolhidos, os animais mortos são entregues para serem cremados e os feridos são transportados para uma clínica veterinária, aberta 24 horas. “Se um animal tiver uma perna partida, os bombeiros têm capacidade para pôr umas talas e o transportar sem sofrimento e em condições de segurança até à clínica”, explicou o comandante da corporação. José Fernandes salientou, ainda, que este serviço não é apenas para cães e gatos, mas para todos animais, desde aves, a cavalos. Os bombeiros contam com o apoio da Câmara Municipal de Bragança, que suporta os custos dos animais que estão feridos e não têm dono. “Se for um animal que tenha dono e que se consiga identificar, obviamente que as despesas são amputadas ao dono do animal. Se for um animal que não tenha identificação o município assume essa responsabilidade”, referiu o presidente do município, Hernâni Dias. A Amica, associação sem fins lucrativos que ajuda no resgate, acolhimento e adoção de animais, também realçou a importância desta viatura, uma vez que “alivia” a carga da instituição, já que são as suas voluntárias que ligam para os bombeiros sempre que é solicitada ajuda. “Com a existência deste meio é claro que nos vai aliviar a carga, embora não seja suficiente”, disse Filomena Pires, da direcção da Amica, explicando que este serviço é necessário em todo o distrito. Ainda assim, apesar os Bombeiros de Bragança só restarem animais da sua área de abrangência, o comandante José Fernandes garantiu que irão “a qualquer lado se tiverem disponibilidade”, já que “nunca negam o socorro, nem às pessoas, nem aos animais”

Jornalista: 
Ângela Pais