Ter, 06/12/2022 - 11:48
Esta bactéria transmite- -se de árvore em árvore através de insectos causando danos graves nomeadamente em oliveiras, citrinos, videiras, fruteiras. Não há tratamento e, por isso, a solução é mesmo o abate das árvores infectadas. A bactéria foi detectada na freguesia de Alvites, mas também parte das freguesias de Mascarenhas, Múrias e a União de Freguesias de Avantos e Romeu, e ainda Ala e Vilarinho do Monte, já no concelho de Macedo de Cavaleiros. A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária já emitiu um despacho a determinar as zonas afectadas, abrangendo das freguesias de Mirandela e Macedo de Cavaleiros, bem como medidas que devem ser aplicadas para a erradicação da bactéria. Entre as medidas que vão ser aplicadas, destacam-se “a destruição imediata, após realização de um tratamento adequado contra a população de potenciais insectos vectores, dos vegetais infectados, bem como dos restantes da mesma espécie” e é ainda proibida “a comercialização, na zona demarcada, em feiras e mercados, de qualquer vegetal, destinado a plantação”. As juntas de freguesias terão sido informadas, por correio electrónico, deste despacho da DGAV, mas a informação ainda não foi colocada em modo de edital. O presidente da Associação de Produtores de Protecção Integrada de Trás- -os-Montes e Alto Douro explicou que “onde foi detectado o foco de Xylella, vão eliminar tudo o que é vegetação à volta num raio de 50 metros e foi criada uma zona tampão naqueles 2,5 quilómetros de raio”. Embora veja esta situação com “grande preocupação”, Francisco Pavão entende que “não há razão para alarme, porque neste momento os olivicultores dessa zona têm de ter precaução e as medidas da DGAV esclarecem isso”. Já a directora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves, referiu apenas que estão a executar o plano da DGAV. A Xylella foi identificada pela primeira vez em Itália, em 2013, e chegou a Portugal, mais concretamente a Vila Nova de Gaia, em 2019. Quando a bactéria atinge a planta, começa por colonizar a madeira, depois espalha-se pela árvore e acaba por entupir o seu sistema de circulação de fluidos.