Ter, 15/10/2019 - 11:10
Na reunião participou Alfonso Rueda, vice-presidente da Junta da Galiza, que garantiu que a ligação vai ser considerada uma prioridade e comprometeu-se a apresentá-la como tal na próxima cimeira ibérica. “Temos que pedir [a auto-estrada] conjuntamente. Quando nos perguntarem quais as nossas prioridades para serem debatidas nas cimeiras hispano-lusas, esta vai ser uma prioridade fundamental para a Galiza tal como para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte”, frisou. O representante do governo da comunidade autónoma considera que a ligação tem “de seguir em frente” e que este “é o princípio do caminho”. Alfonso Rueda afirma que apesar de “não ser uma competência directa da Junta da Galiza”, vão dizer que querem “que o investimento aconteça onde for útil”, como é o caso desta ligação, que, acredita, vai “beneficiar muita gente” dos dois lados da fronteira, em especial perante o “enorme investimento” do AVE que “merece ser posto à disposição, com acessos dignos e rápidos, de muitos habitantes da Galiza e também do Norte de Portugal”. E apesar de ter explicado que o AVE está atrasado, porque já deveria estar em fase de testes, o vice-presidente da Junta da Galiza espera que em 2021, ano do Jacobeu, o comboio que ligará Madrid e a Galiza por alta velocidade, esteja em pleno funcionamento. A conselheira das Infraestruturas e Mobilidade da Junta da Galiza, Ethel Vásquez, explicou que o maior esforço seria do lado português, já que implicaria a construção de 50 quilómetros de estrada em solo luso, ao passo que em território galego o traçado será apenas de 7 quilómetros. A responsável concorda que esta reivindicação transfronteiriça será a melhor forma de “retirar a máxima rentabilidade da chegada do AVE, através de uma ligação por via rápida”. O AVE é também o principal argumento dos autarcas portugueses. O presidente da CIM TTM, Artur Nunes, frisou que com a reunião pretenderam mostrar uma ideia de “união e de preocupação com a necessidade destas ligações transfronteiriças, uma vez que já foram reivindicadas várias vezes”. Artur Nunes relembrou o caso da ponte internacional de Quintanilha “que esteve parada 5 anos sem uma decisão do Governo espanhol” e o facto de a nacional 122 nunca ter sido desdobrada, para justificar a importância de uma tomada de posição conjunta. O autarca reiterou que a continuação do IP2 até a A Gudiña é uma das estradas transfronteiriças pedidas pela CIM, a par das ligações entre Bragança e a Puebla de Sanabria e do IC5 a Espanha. Já o presidente do Município de Vinhais, Luís Fernandes, afirmou que “esta seria uma oportunidade de estabelecer uma ligação ainda mais forte entre o Norte de Portugal e a Galiza” e acredita que “há condições para entre todos conseguir que esta ligação seja uma realidade no futuro”, por isso pediu o apoio dos responsáveis espanhóis.