Ter, 12/12/2023 - 11:11
Há 15 anos que o Inverno é uma tormenta para esta localidade, uma vez que o caudal do rio enche e causa graves problemas aos moradores, com a possibilidade de ruas inundadas. Em causa está o assoreamento do rio, com inertes provenientes das antigas minas do Portelo que, de ano para ano, são cada vez mais. De acordo com o presidente da União das Freguesias da Aveleda e Rio de Onor, com as chuvas das últimas semanas a situação “agravou-se”. “O leito, nestas últimas cheias, esteve muito perto de inundar duas ruas da aldeia com todos os prejuízos que isso acarreta”, adiantou Mário Gomes, salientando que “nestes 15 anos pouco ou nada foi feito”. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já financiou o desassoreamento do rio, assim como a estabilização das margens do rio na localidade da Aveleda. Foi ainda feito um estudo de caracterização do problema. No entanto, o autarca afirma que de pouco valeu, uma vez que o problema continua sem ser resolvido na origem, ou seja, nas antigas minas do Portelo, “com a estabilização dos taludes e o desassoreamento das represas a jusante”. Os inertes provenientes das minas já se arrastam pelo rio numa extensão superior a 14 Km. Mário Gomes receia que a situação possa tornar-se ainda mais grave se outra das escombreiras das minas desabe, repetindo o que aconteceu há 15 anos. Para o presidente da União das Freguesias, há “falta de vontade da Agência Portuguesa do Ambiente e da Empresa de Desenvolvimento Mineiro para resolver definitivamente este grave problema”. Mário Gomes destacou mesmo que as entidades competentes “continuam a assobiar para o lado”, fazendo sentir que o trabalho da junta “foi em vão”. Contactámos o Ministério do Ambiente para perceber se será tomada alguma medida, mas remeteu respostas para a Agência Portuguesa do Ambiente. Tentámos obter esclarecimentos junto da APA, mas até ao fecho da edição do Jornal Nordeste não tivemos qualquer resposta.