André Ventura quer diminuir impostos dos agricultores e lutar por acessibilidades na região

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Ter, 05/03/2024 - 10:49


O líder do Chega esteve em Macedo de Cavaleiros, na passada quinta-feira, no almoço comício com militantes e os candidatos a deputados do partido pelo distrito de Bragança

Acessibilidades, portagens e agricultura foram assuntos abordados no comício. José Pires, candidato do Chega pelo distrito, aproveitou a vinda de André Ventura para falar do sector da agricultura e das dificuldades que os agricultores atravessam. “Aqui a agricultura é uma tarefa para pessoas duras, resilientes. A terra é pobre e o clima implacável, os agricultores lutam contra a erosão do solo, o acesso à água, à falta de transportes, à falta de infra-estruturas e, principalmente, com a estupidez e ignorância de um Ministério da Agricultura”, disse. Também não deixou de falar da falta de acessibilidades na região, dando como exemplo estradas que são penosas de percorrer, pedindo ao líder do partido que “não se esqueça de nós”. “Uma viagem de Vinhais a Bragança, que são 30 Km, fazemos mais de 45 minutos. Para irmos a Miranda do Douro é mais fácil ir por Espanha, as acessibilidades são melhores. E que dizer de Freixo de Espada à Cinta, onde é mais fácil chegar de Macedo ao Porto do que a Freixo? Duramos mais de duas horas”, apontou. Da falta de acessibilidades, André Ventura pouco falou. Destacou antes a abolição de portagens no Interior do país. Embora na região não existam e de ter sido confrontado com isso, salientou que um dos seus grandes objectivos para esta legislatura é “em todo o Interior do país desenvolver uma comissão para a abolição das portagens”. À saída do comício os jornalistas questionaram-no sobre a falta de ligações rodoviárias e referiu apenas vão “lutar” para resolver esse problema. Quanto à agricultura, o líder do Chega disse que “nunca esteve tão mal e tão abandonada em Portugal”. O aumento dos custos de produção, o atraso no pagamento dos apoios e as taxas aplicadas foram problemas apontados por André Ventura “É inadmissível viverem num país onde têm que pagar centenas de impostos só pelo facto de serem agricultores. É inadmissível viverem num país onde os custos de energia, a maior parte, vão para o Estado, porque são impostos sobre a energia e os combustíveis”, criticou. Problemas que quer ver solucionados através da criação de um plano estratégico de apoio à agricultura, que garantiu que será implementado “nos primeiros 30 dias de Governo”. “Se não o tivermos, o que resta da nossa agricultura vai desaparecer e vai morrer e é isso que alguns burocratas querem, porque nos tornam ainda mais dependentes dos burocratas de Bruxelas”, vincou, salientando que não quer “uma agricultura de miseráveiszinhos, nem de subsídio-dependentes”. Segundo as últimas sondagens, o Chega tornar-se-á a terceira força política em Portugal e o partido acredita que poderá eleger um deputado na região, ou seja, José Pires.

Jornalista: 
Ângela Pais