Ter, 06/02/2024 - 11:07
Em causa está a falta de certificação da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC). Ao Jornal Nordeste, a presidente da câmara confirmou a situação, dizendo que o aeródromo tinha certificação até ao dia 31 de Dezembro de 2023, sendo que, neste momento, se está a enviar “toda a documentação” exigida pela ANAC. “Contamos que entre este mês e o de Março consigamos obter a certificação”, adiantou Júlia Rodrigues. No aeródromo, além das actividades do aeroclube, está instalado o Centro de Meios Aéreos de Combate a Incêndios e o Centro de Operação da Força Aérea de Veículos Aéreos Não Tripulados. O aeródromo perdeu a certificação porque houve algumas “inconformidades” e não se conseguiu, dentro do prazo, a sua “rectificação”, nomeadamente no que toca aos meios que ali estão localizados da Força Aérea. Essa situação, em concreto, está já “desbloqueada” pois “já houve a retirada do contentor do local onde estava bem como a remoção da antena meteorológica”. “Estamos a fazer tudo o que é necessário para que possamos cumprir todas as constatações das inspeções que tivemos. Estamos a aperfeiçoar o levantamento topográfico, já foi enviado sob o ponto de vista das normas e regulamentos que obriga qualquer infraestrutura. Estamos convencidos de que vamos renovar a certificação dentro do prazo que tínhamos definido”, disse Júlia Rodrigues. Além disso, conforme se lê no Facebook do município, será ali introduzido um sistema de controlo de acessos ao espaço terra-ar, assim como serão melhoradas as condições técnicas da totalidade da vedação deste equipamento e a repintura da pista. Questionada sobre os constrangimentos causados pelo encerramento, a presidente limitou-se a dizer que “os próprios dirigentes do aeroclube tinham consciência de que havia algumas situações de compatibilização de usos que tinham que ser acauteladas, durante o Inverno, para que no Verão se possa ter tudo resolvido, que é quando há a maior utilização”, isto no que toca tanto à Força Aérea como Meios Aéreos. Sobre este encerramento, a presidente fez questão de sublinhar que, neste momento, tudo o que é infraestruturas tem “regulamentos comunitários e legislação nacional”, que “obriga à compatibilização de outras utilizações”. “Tínhamos o aeródromo com o aeroclube, que fazia voos de formação e particulares, e, neste momento, temos outras utilizações, como o que diz respeito à Força Aérea e ao Centro de Meios, o que nos obriga a ter acauteladas outras situações várias que constam do relatório”, rematou Júlia Rodrigues, que disse ainda que hoje, terça-feira, há conselho geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses em que se vai aprovar a constituição da secção de municípios operados de infraestruturas aeroportuárias. Sobre o encerramento do aeródromo, o presidente do mesmo, Armando Cepeda, não quis prestar declarações. O helicóptero do INEM, que poderia aterrar no aeródromo, uma vez que não pode agora aterrar nos heliportos de Mirandela, Bragança e Massarelos, está a aterrar na Regionorde.
Foto: Aeroclube Mirandela