Ter, 11/02/2025 - 10:36
O Chega admite que a tolerância com candidatos, do partido, às eleições autárquicas, que procurem benefício próprio é “zero”. Quem o diz é o líder da bancada parlamentar do Chega. Pedro Pinto, que esteve, no sábado, em Bragança, referiu também que, apesar de não terem, ainda, candidatos definidos, já têm “algumas ideias e nomes em cima da mesa”. Frisou ainda que irão “atrás dos melhores” e que têm “convites para fazer”, por exemplo a pessoas da sociedade civil, a quem já esteve noutros partidos ou em partido nenhum. “Queremos mesmo os melhores, que possam representar as suas populações e que trabalhem para elas. Os políticos, às vezes, esquecem-se de quem os elege. O Chega tem provado, desde o seu início, que é um partido diferente”, vincou. Ainda sobre as autárquicas, reforçou que o partido tem uma “aposta fortíssima para o país todo” e que pretende apresentar candidaturas nos 308 concelhos do país, incluindo no interior, ainda que tenham consciência de que será uma grande dificuldade “encontrar pessoas”, uma vez “existem concelhos muito pequenos”. “O caminho está a ser feito e, certamente, que as coisas correrão bem”, disse. O deputado deixou ainda duras críticas ao ex-secretário de Estado, Hernâni Dias, considerando inadmissível que os políticos criem leis para seu próprio benefício, pois tal prática “é o pior exemplo” que estão a dar ao país, e que este não deveria continuar como deputado. “Foi o Chega que esteve, na primeira linha, desde a primeira hora, a dizer que Hernâni Dias teria que ser demitido deste Governo”, frisou, dizendo acreditar que Luís Montenegro deveria ter agido e não aguardado pela saída do ex-autarca. Sobre a visita a Bragança, para um dia de convívio e contacto com militantes e cidadãos, e a Vinhais, destacou a importância do contacto direto com a população e reafirmou o compromisso do partido em dar voz aos portugueses. “O Chega não se esconde, está sempre na rua, a falar com as pessoas, sem medo de encarar a realidade”, afirmou, salientando que muitos políticos falharam à população ao longo de décadas. Referiu ainda que o partido continuará a lutar pela implementação das medidas aprovadas no Orçamento do Estado, como a verba destinada ao mirandês, sublinhando que irão questionar o Governo sobre o motivo pelo qual ainda não foi aplicada.