Vice-presidente da CCDRN não fica em Mirandela mas promete visitas semanais

Ter, 04/02/2025 - 11:51


Paulo Ramalho não vai ficar, em permanência, em Mirandela, na sede da ex-direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, mas antes no Porto, onde está a sede da CCDR-N

Paulo Ramalho, nomeado vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e que, por isso, vai gerir a antiga Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), agora designada de Unidade Orgânica Regional, não vai estar diariamente em Mirandela, onde está sediada a unidade. O ex-vereador da câmara da Maia mostrou-se incomodado com as declarações que alguns autarcas e presidentes de associações ligadas à agricultura prestaram, como sendo ao Jornal Nordeste, após a sua nomeação. Alguns comentários, como o do presidente da AFUVOPA, Associação de Fruticultores, Olivicultores e Viticultores do Planalto de Ansiães, Luís Vila Real, foram até mesmo de que deveria ter sido escolhido alguém mais ligado ao Interior porque teria um conhecimento mais direto da realidade. Já o presidente da APPITAD, Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás--os-Montes e Alto Douro, Francisco Pavão, referiu esperar que Mirandela fosse o local em que Paulo Ramalho estivesse mais vezes. Mas isso não vai acontecer. “A extinção da antiga Direção Regional e a integração das suas competências na CCDR, faz com que as competências fiquem alocadas à CCDR e a sede é no Porto, na CCDRN. Quanto a isso eu não posso fazer nada, só o Conselho Regional pode alterar a localização da sede”, explicou Paulo Ramalho à rádio Terra Quente FM. Está assumido e assegurado que Paulo Ramalho não estará a maioria dos dias na região, mas o ex-vereador deixou assente que passará por Mirandela, “pelo menos, uma vez por semana”. Referiu ainda que não tem de estar necessariamente em Mirandela e clarificou que vai percorrer o território. “Temos três polos, o de Braga, o do Porto e o de Mirandela e esses três irão, naturalmente, receber a minha presença durante toda a semana”, frisou, assinalando que essa nem é a questão mais importante. Ou seja, admite que o que, de facto, importa é que o polo de Mirandela continue a “funcionar” com as “competências que sempre teve”, bem como com os funcionários que tem. Paulo Ramalho esclareceu ainda que está assegurada uma “resposta rápida, eficaz e de proximidade” ao território e aos agricultores e frisou que é “importante” que se perceba que o agricultor “não é apenas um ator económico que produz alimentos”. É também “um ator que cuida da paisagem rural e ajuda a fixar pessoas no território” e, por isso, essa dimensão será para ter em conta no que toca à criação de políticas públicas capazes de tornar a atividade “mais atrativa” do que o que agora é.

Jornalista: 
Carina Alves