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Matadouro do Cachão encerrado por causa de obras

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Ter, 21/01/2025 - 10:55


A atividade foi suspensa para dar cumprimento a obras, depois de a Direção Geral da Alimentação e Veterinária ter apontado alguns problemas na unidade, como sendo a degradação da estrutura

Não se abatem animais, desde sexta-feira, no Matadouro Industrial do Cachão, no concelho de Mirandela. O matadouro, com linhas de abate de pequenos ruminantes, bovinos e suínos, está com a atividade suspensa devido a obras, depois de a Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) ter apontado alguns problemas na unidade, como sendo a degradação da estrutura, fruto da falta de manutenção. A correção do estado de deterioração do matadouro, que tem 39 anos, foi o principal trabalho apontado a executar. A primeira fase dos trabalhos decorreu em novembro. Agora, está a dar-se seguimento à segunda fase da empreitada. As duas fases de obra não foram seguidas porque, segundo Michel Monteiro, administrador do matadouro, decidiu-se avançar com a segunda num período em que a procura pela unidade é menor, salvaguardando assim os “maiores picos de procura dos serviços do matadouro”, como é o mês de dezembro. Os trabalhos programados de manutenção em infraestruturas e equipamentos, para “manter e conservar a unidade”, decorrem em articulação com a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária. “Infelizmente para estas manutenções correrem bem é necessário que se faça a suspensão do abate”, assinalou Michel Monteiro. Numa primeira fase a empreitada contemplou a intervenção no piso da linha de abate. Agora, está a intervir-se nas restantes áreas do matadouro, como sendo a substituição dos tubos de água, que “começam a ter alguns pontos de ferrugem”, dado o “tempo de vida que já têm”. Refira-se ainda que, durante esta paragem, em simultâneo, está também a promover-se uma ação de formação das 23 pessoas que ali trabalham. A formação serve para “recordar alguns conceitos” e “sensibilizar os colaboradores sobre algumas boas práticas”, quer no abate, quer na higienização dos equipamentos. De salientar que “a formação é obrigatória”. O administrador, que diz que a situação traz “bastantes constrangimentos” à empresa e clientes, mas que admite que as obras e consequente encerramento eram necessários para “manter os níveis de qualidade”, esclareceu que a unidade deverá reabrir no final da próxima semana. O plano de manutenção da estrutura e dos equipamentos implica um investimento de 17 mil euros. Recorde-se que a ASAE, em dezembro de 2018, na sequência de uma operação de fiscalização, tinha encerrado as linhas de abate de bovinos e pequenos ruminantes, devido à degradação da estrutura. As linhas voltaram a abrir em fevereiro do ano seguinte, depois de cumpridas as obras apontadas pela ASAE, que passavam, por exemplo, pela renovação da pintura e chão.

Jornalista: 
Carina Alves