Ter, 12/03/2024 - 10:31
Tendo em atenção que “o sector agrícola é essencial à vitalidade do mundo rural, assegurando um conjunto de factores ambientais, económicos e sociais atualmente comprometidos”, o município de Vila Flor vai apoiar os criadores do concelho. A ideia é ajudá-los a suportar os custos do controlo e sanidade animal. “É um apoio que vem com o intuito de incentivar a continuação da actividade, que ter registado um decréscimo ao longo dos anos. Queremos ajudar a que a pecuária, que, em Vila Flor, tem principal incidência nas raças autóctones, se mantenha e até cresça”, rematou Pedro Lima, presidente da câmara de Vila Flor, que esclareceu que o apoio se destina saneamento animal obrigatório e à desparasitação, uma vez que as acções de profilaxia sanitária obrigatórias deixaram de ter a total comparticipação do Estado e “os custos de produção, energia e combustíveis estão permanentemente a subir”. Com esta ajuda, a câmara vai gastar quase 13 mil euros. “Neste contexto, a concessão de apoio financeiro, será a isenção do pagamento das respetivas quotas da ADS e valor gasto em desparatizações para produtores de bovinos, caprinos e ovinos que possuam explorações sediadas no concelho de Vila Flor, para o ano de 2024”, esclareceu Pedro Lima. Para já, este ano serão apoiados cerca de 60 criadores de todo o concelho, mas o que Pedro Lima gostaria era que em 2025 pudessem ser ajudados ainda mais. Era sinal de que a actividade conheceu quem nela apostasse. “É uma ajuda que faz a diferença porque a agricultura, neste momento, observa um aumento exponencial dos custos de produção. Decidimos enviar este sinal de apoio à actividade que é muito característica e que muito pode contribuir para a conservação do nosso ambiente”, sublinhou o presidente da câmara. Pedro Lima lamenta que o concelho não fuja à tendência nacional, ou seja, que haja cada vez menos pessoas a abraçar a pecuária e a agricultura e, por outro lado, que haja cada vez menos gente nestas duas actividades, fruto do envelhecimento. “As profissões caíram em desuso e não há a introdução de jovens na área, pelo menos ao ritmo que era preciso, para que os efectivos continuem com um número satisfatório”, terminou o autarca. Esta medida “visa permitir o incremento das condições de produtividade, quer em qualidade, quer em quantidade”.