Qua, 23/08/2023 - 09:52
Com a subida repentina das temperaturas que se registaram no fim-de-semana e com o distrito em alerta vermelho a partir de hoje, muitas pessoas procuram locais para se refrescarem e para fugirem à onda de calor. Em Trás-os-Montes, a Praia Fluvial do Azibo é, praticamente por lei, a escolha de todos para se refugirem do calor, num ambiente onde é possível aliar-se o bem-estar aos banhos de sol. Oriundos de vários pontos do país, os banhistas justificam a sua ida para a praia transmontana como “uma forma de suportarem os dias quentes”. É o caso de Filipe Ramos, natural da ilha da Madeira, que todos os anos faz questão de ficar no concelho de Mirandela, em casa dos avós, durante o mês de Agosto. No entanto, devido ao fraco isolamento das habitações, nem sempre é fácil fazer face às temperaturas que, por vezes, rondam os 40ºC. “Em casa está sempre muito calor, então tento vir cedo para o Azibo para apanhar um lugar à sombra, senão é impossível estar sempre ao sol. Ao longo do dia vou-me também hidratando, para conseguirmos suportar estes dias”, explicou o visitante. Há também quem alie o facto de se proteger do calor ao lazer e ao relaxamento de passar uma tarde no oásis transmontano. Penélope Dias, nasceu em França, mas todos os Verões vem para a aldeia dos avós. A imigrante vê na Praia Fluvial do Azibo uma forma de “passar bem o dia”, quando, por vezes, “nas aldeias não é fácil fugir do calor”. “Venho para o Azibo dar mergulhos para conseguir aliviar-me deste calor. Em casa não tenho ar condicionado, por isso à noite abro as janelas para entrar algum ar frio, mas mesmo assim não é suficiente”, explicou a banhista francesa. O mês de Agosto, além de ser sinónimo de calor, é sinónimo de centenas de emigrantes pelas aldeias. Muitos deles fazem do Azibo um ponto de paragem obrigatório, principalmente nos dias quentes como no último fim-de-semana. Diogo Pinto, também ele nascido em França, conta que todos os anos vai para a Praia Fluvial, “dar um mergulho e fugir ao calor que está dentro de casa”. “O isolamento da casa dos meus avós não é muito bom para conseguir passar uma tarde fresco. Aqui no Azibo acabo por ir à água e venho aqui ao bar beber uma cerveja ou sumo fresquinho para me hidratar”, disse Diogo. À semelhança de muitas outras pessoas, Diogo confessa que as noites são mais difíceis de passar, onde, por vezes, “é difícil dormir”, e abrir as portas e janelas não é suficiente. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou o distrito de Bragança em alerta amarelo entre domingo e segunda-feira devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.