Ter, 18/07/2023 - 10:26
O ranking do site “Moving to Spain” é claro a apontar que a cidade da Europa mais barata para estudantes fica no Norte de Portugal, é Bragança. Conforme clarifica este site, que analisou o preço da habitação de várias cidades europeias, de forma a perceber quais são as que ficam mais em conta para os jovens estudantes, uma vez que mudar de localidade, para estudar, implica vários custos, nomeadamente, além do alojamento, deslocações, alimentação, material escolar, entre outros, Bragança é a melhor opção, quando se fala de dinheiro. O “Moving to Spain” aponta ainda que Lisboa e Porto são cidades bem mais caras que Bragança, onde, neste momento, os preços se equiparam, praticamente, com cidades como Madrid, em Espanha, ou, até mesmo, Paris, na França, isto em termos de arrendar uma casa. Em Bragança, cidade que lidera o ranking das dez cidades europeias mais baratas, segundo o “Moving to Spain”, um T1 pode custar, em média, 300 euros, mas há até mesmo imóveis mais baratos. “Um apartamento, de um quarto, no centro da cidade, custa apenas 260 euros por mês, mais barato do que qualquer outra cidade da nossa lista. Bragança lidera o caminho quando se trata de custo de vida, o que a torna uma opção incrivelmente atraente para estudantes com orçamento apertado para os seus estudos na Europa”, lê-se no ranking. A segunda cidade mais barata para estudar, em termos de habitação, fica na Bulgária. A terceira fica na Alemanha. Outras cidades na Polónia, Roménia, Letónia e Espanha completam a lista de destinos mais baratos para estudantes. Ainda assim e apesar do que o ranking apresenta, segundo aquilo que conseguimos apurar e facilmente perceber, arrendar casa ou quarto em Bragança, nos últimos anos, não tem sido tarefa fácil porque há muita procura e pouca oferta. Em Março, conforme noticiámos neste jornal, depois de ouvir a opinião de alguns agentes imobiliários, que diziam, praticamente, não ter nada para oferecer, em termos de casas ou quartos para arrendar, e que os preços estavam “pela hora da morte”, completamente “desfasados”, verificámos, àquela época, que no Facebook era possível encontrar vários quartos e apartamentos para esse efeito. Mas claro que, conforme se previa, perante tanta oferta, a procura também era uma verdadeira loucura e que, também na Internet, à semelhança das imobiliárias, o preço dos imóveis estava muito mais caro que há algum tempo. O que se percebe é que, neste momento, o cenário está idêntico. Nas imobiliárias de Bragança pouca oferta há e na Internet vão surgindo, quase diariamente, novos quartos e casas, mas os preços mantêm-se altos, já que a procura não baixou e a oferta é quase a mesma. Com esta dinâmica que se criou, vários estudantes acabam por se sujeitar a pagar preços mais altos que o que seria normal porque a oferta não está a acompanhar tanta procura. Há outros que acabam por ficar a viver em lugares sem as condições idealizadas ou tidas como normais.