Ter, 25/01/2022 - 09:09
Nesta edição iniciámos uma nova secção no jornal Nordeste. Depois de termos alterado um pouco o grafismo, inserimos também um novo conteúdo que lhe chamámos “concelho em destaque”.
O objectivo é simples: aproximar os leitores do jornal. Todos os meses vamos analisar um concelho no distrito. Iremos abordar os principais temas que os caracterizam, desde os sectores, económicos e empresariais, oferta turística, cultura e desporto. Desnecessário será dizer que queremos auscultar as populações e perceber o “estado da região”.
Além disso, a ideia deste novo conteúdo prende-se com o facto de querermos dar à nossa diáspora, que faz questão de assinar o jornal Nordeste, a possibilidade de ter um conhecimento mais alargado dos 12 municípios que compõem o seu distrito. Fizemos um sorteio para definir a ordem de saída. De referir que esta secção sairá na última edição de cada mês.
Esta semana ficou também marcada pelo grande debate com os candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Bragança às legislativas 2022. Realizado na passada quarta-feira, no dia 19, em directo para a rádio Brigantia e redes sociais, estiveram representados, pelos cabeças de lista, sete dos nove partidos com assento parlamentar, visto que dois não compareceram por estarem em isolamento profilático. Se não conseguiu ouvir pode ler nesta edição o resumo.
Campanha eleitoral que é campanha eleitoral e deputado que é deputado tem de ir fazer o levantamento dos problemas estruturais do território. E nós perguntamos: e novidades? Foi agora que os nossos serviços de saúde se degradaram? Foi agora que ficamos sem rede de telecomunicações? Foi agora que soubemos que fomos um dos dois únicos distritos que ficou de fora da ferrovia, contemplada no Plano de Recuperação e Resiliência, a par com Vila Real?
No decorrer do debate, um dos candidatos, que já esteve também num alto cargo governativo, disse: “o que há é falta de vontade, porque dinheiro houve e há e vai para onde os governantes querem que vá”. Portanto, acho que não precisamos de pensar muito, temos é de, no dia 30 de Janeiro, exercer o nosso direito e dever. Recordando um excerto de discurso de Margaret Thatcher em que ela disse algo inquestionável: “Nunca nos esqueçamos desta verdade fundamental: o Estado não tem outra fonte de dinheiro, além do dinheiro que as próprias pessoas ganham. Se o Estado quiser gastar mais, pode fazê-lo apenas emprestando as suas economias ou cobrando-lhe mais impostos, e não é bom pensar que alguém vai pagar. Esse alguém é você. Não existe dinheiro público, apenas dinheiro dos contribuintes”.
Ora, se não entregamos o nosso dinheiro a um qualquer também não podemos ficar em casa e não ir votar. Se não formos não temos legitimidade para reivindicar a aplicação desse mesmo dinheiro. Podemos perguntar-nos: “ah como sei que estou a apostar no “cavalo certo”? Não sabemos, mas a única coisa que podemos fazer é ir votar!
Cátia Barreira