Qua, 08/06/2016 - 12:51
Os Grupos de Ação Local (GAL Rurais) da Zona Norte, responsáveis pela concretização das respectivas Estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) do Norte assinaram, a 2 de Junho, em Mirandela os contratos de disponibilização de 94,5 milhões de euros de fundos comunitários.
No entanto, de acordo com os representantes destas associações, o financiamento é inferior ao do anterior quadro. A vice-presidente da federação das associações de desenvolvimento local Minha Terra, Ana Paula Xavier, considera que “as verbas que alocadas ao trabalho são insuficientes”, adiantando que esperam um reforço das verbas numa reprogramação de fundos. O autarca de Mirandela, António Branco, frisou que com a alteração de financiamento a estas associações “surgiram preocupações”. “As DLBC são normalmente financiadas pelo Feader, mas neste quadro comunitários houve a opção de as verbas serem atribuídas também pelo Fundo Social Europeu (FSE), e isso levou a uma certa alteração dos sistemas de gestão e os valores em causa são dinheiro mas não são aqueles que gostaríamos”, explica.
Na última cerimónia pública enquanto presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) antes da sua exoneração Emídio Gomes, na última cerimónia pública em que participou, defendeu, no entanto, que há benefícios com o novo modelo de financiamento, nomeadamente no que diz respeito ao apoio ao emprego. “O Feader é menor, mas tem FSE do nosso lado, para intervenções com desempregados e de criação de emprego. As verbas globais são idênticas do que antes, mas as DLBC têm uma dotação de assistência técnica um pouco mais baixa”, referiu.
A Corane - Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina - vai receber do PDR e Norte 2020 mais de 4,9 milhões de euros, a Desteque - Associação de Desenvolvimento da Terra Quente Transmontana – foi contemplada com 5,1 milhões de euros e a Douro Superior terá disponível cerca de 4,4 milhões de euros.
PEDU financia reabilitação urbana
Macedo de Cavaleiros vai receber cerca de 9 milhões de euros no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), num programa de investimentos que ascende a cerca de 10,6 milhões, que serão aplicados na requalificação do Mercado Municipal, criação de uma rede de interfaces para transporte regional, de um serviço de transporte a pedido, reabilitação do Bairro de São Francisco.
Mirandela vai beneficiar de um investimento de 14,5 milhões de euros, nos próximos 5 anos, sendo que 11 milhões provenientes de fundos comunitários. Algumas das obras a avançar serão a requalificação da estrada do acesso norte a Mirandela, a intervenção na zona envolvente do santuário de Nossa Sra. do Amparo, nas habitações socias, na Reginor e Parque Império, a recuperação da estação de camionagem e construção de ciclovias.