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Águias suspeitas de atacarem ovelhas

Ter, 27/09/2005 - 16:42


Alguns agricultores de Cerejais, no concelho de Alfandega da Fé, estão preocupados com os ataques constantes de duas aves de rapina que sobrevoam diariamente a aldeia.

Os populares dizem que, ainda há pouco tempo, as aves atacaram diversos animais domésticos e espécies cinegéticas na Zona de Caça Associativa daquela localidade.
O biólogo Sérgio Vaz garantiu ao Jornal NORDESTE que a exploração do pai, Alcino Vaz, junto à aldeia de Cerejais, foi atacada no final da semana passada. As aves de rapina mataram quatro cordeiros e uma ovelha adulta, e ainda deixaram outro animal gravemente ferido.
O ataque decorreu durante a madrugada e o barulho dos animais acabou por acordar o proprietário, que assistiu àquele espectáculo macabro.
“Eram bem visíveis os golpes profundos provocados pela garras e bicos das aves nas zona mais sensíveis dos ovinos, que se encontravam numa cerca junto à habitação”, garante Sérgio Vaz.

População assistiu ataques

Na localidade existe uma Zona de Caça Associativa, onde tem sido feito um repovoamento intensivo com perdizes, coelhos e lebres e onde têm sido colocados pontos de água e plantado cereal. Desde que começaram a aparecer os dois predadores os prejuízos começaram a ficar avultados, muitas perdizes já foram mortas e outras são afugentadas.
Os responsáveis recordam que já foram feitos mais de 100 ataques pelas duas aves de rapina, naquela zona de caça associativa.
As pessoas afirmam ter assistido a alguns ataques, enquanto estavam na esplanada do café da aldeia, e garantem que as aves de rapinas não foram criadas ali no seu estado selvagem, pelo que consideram que “alguém as largou”.
Sérgio Vaz, não tem dúvidas que as duas aves predadoras em questão são Águias de Bonelli ou Abutres do Egipto, ambas as espécies protegidas por lei.
No local, já estiveram presentes técnicos do ICN para tomar conta da ocorrência, mas aconselharam as pessoas a não atirarem tiros às aves “ mesmo quando apanhadas em flagrante”, revela Sérgio Vaz.
Ao que foi possível apurar estes incidentes só ocorrem quando há pouco alimento, uma situação provocada pelas alterações climatéricas, como é o caso do período de seca que se atravessa.