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ALGOSO quer recuperar estatuto de Vila

Ter, 20/09/2005 - 15:41


A aldeia de Algoso, no concelho de Vimioso, quer recuperar o estatuto de vila, perdido em tempos que remontam à antiguidade.

Neste sentido, já está a ser elaborado um estudo, por especialistas ligados à Universidade Católica do Porto, para comprovar se Algoso “alguma vez perdeu o título de vila”.
O município de Vimioso já tinha elaborado um estudo preliminar, que dava algumas garantias que Algoso nunca deixou de ser vila. Recorde-se que concelho de Algoso deixou de existir em 1855, mas a história daquela localidade remonta, certamente, ao início da nacionalidade, tendo em conta o seu imponente Castelo do tempo da Ordem dos Templários.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Algoso (JFA), Isaías Gouveia, está em curso um processo de investigação para comprovar a teoria, já que foi descoberto um documento que se referia ao castelo e vila de Algoso, que levantou algumas dúvidas.

Museu Etnográfico

Este assunto foi debatido durante a festa de inauguração das obras de requalificação do Largo do Pelourinho e da segunda fase de intervenção das obras do Castelo.
O largo sofreu uma intervenção urbanística que visou, essencialmente, mudar a face de um dos locais mais emblemáticos da aldeia. Já o Pelourinho foi, igualmente, sujeito a um restauro levado a cabo por especialistas, a mando do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Esta intervenção custou cerca de 10 mil euros.
No Largo do Pelourinho vai, ainda, ficar instalado o Museu Etnográfico que já começou a receber espólio. O autarca, contudo, lamenta que muitos dos elementos pertencentes à história da aldeia tivessem sido comprados pelos espanhóis.

Centro Interpretativo na aldeia

No caso da ligação à Igreja da Senhora do Castelo e velha fortaleza Medieval (que já tinha sofrido obras de recuperação), o pavimento foi alcatroado, ao passo que o percurso foi embelezado com oliveiras, arranjos de passeios e construção de cinco capelinhas ao longo do percurso, elementos que, em tempos, já existiram naquele local.
O custo global das obras, que demoraram três anos a ser concluídas, devido a alguns entraves colocados pelo IPPAR, rondou os 500 mil euros.
O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, José Rodrigues, garante que Algoso é uma terra de monumentos, o que justifica esta intervenção no seu núcleo histórico, que era também um anseio da população.
O autarca garantiu, ainda, que dará andamento à recuperação de alguns imóveis degradados que se encontram junto ao largo do pelourinho, através do Gabinete Técnico Local. A autarquia também já cedeu um desses imóveis ao IPPAR, para a instalação de um Centro Interpretativo.