Ter, 20/09/2005 - 15:27
Na noite de apresentação da sua equipa, que decorreu na passada sexta-feira, na Escola Secundária de Miranda do Douro, Ilídio Rodrigues avançou com uma longa lista de propostas, no caso de vir a ser eleito a 9 de Outubro.
No leque de medidas destaca-se a criação do Instituto da Língua Mirandesa, bem como a elevação da língua mirandesa a Património Imaterial da Humanidade.
O ensino superior será outras das apostas da candidatura socialista, que prometem pressionar o Governo para construir um edifício de raiz para instalar o Pólo de Miranda da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e para aumentar o número de cursos.
Recorde-se que esta proposta já foi lançada pelo autarca e candidato do PSD, Manuel Rodrigo, mas Ilídio Rodrigues faz questão de vincar as diferenças. “O Eng. Rodrigo apenas tem essa intenção, ao passo que o PS tem a certeza que constrói o equipamento com apoio do Governo”, garante o cabeça de lista.
Durante um discurso confiante e cheio de prioridades para mudar a face do concelho, Ilídio Rodrigues considerou que, o facto de ser sendinês “não é empecilho para ganhar as eleições autárquicas”.
Prometida Divisão de Cultura
No campo cultural, os socialistas garantem que vão criar uma Divisão de Cultura que também terá como missão o apoio ao associativismo.
O folclore, a gastronomia e o artesanato são outros dos pontos de honra da candidatura rosa para promover o desenvolvimento local. “A cultura do betão só vai ser empregue quanto baste, porque o que é, realmente, necessário é valorizar os produtos da terra e procurar apoios concretos à criação de empresas e emprego”, defende o candidato.
Neste campo, a prioridade vai para a zona industrial de Miranda do Douro e para a criação de mais dois pólos industrias: um em Sendim e outro Palaçoulo.
O cabeça de lista mostra-se preocupado pela desertificação que afecta o concelho e pela falta de empregos para os jovens. Por isso, defende a criação de pólos de desenvolvimento local nas áreas do comércio, agricultura e indústria do concelho, enquadrados numa “politica de investimento nas pessoas”, em vez “das obras de fachada levadas a cabo pelo actual executivo”.
Na óptica do candidato, “é preciso procurar apoios para a fixação e criação de empresas, estabelecendo parcerias com a Associação de Comércio e Indústria do Concelho de Miranda do Douro”.