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Uma questão de transparência

Ter, 20/09/2005 - 15:23


Esperava-se uma noite preenchida com propostas, mas o PS decidiu jogar ao ataque na apresentação do candidato à Junta de Freguesia da Sé (JFS), Amílcar Pires.

O cabeça de lista prefere divulgar o seu programa durante os contactos com a população, tendo aproveitado os microfones da comunicação social para lançar diversas farpas ao executivo liderado por Paulo Xavier.
Amílcar Pires não aceita a forma como o presidente da JFS e o presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB) têm “pintado” a gestão socialista naqueles órgãos autárquicos e decidiu recordar o trabalho dos ex-autarcas Luís Mina e José da Cruz. “Nunes e Paulo Xavier passam a vida a pensar no que era a cidade há oito anos, mas esquecem-se que nessa altura não havia os meios que há hoje. Antes tinha que se contar os tostões e hoje até o esbanjam”, defende o candidato.
Relativamente ao trabalho dos socialistas na JFS, Amílcar Pires lembrou que “foi José da Cruz que comprou as primeiras viaturas, os primeiros computadores e foi ele eu negociou o protocolo com a CP com vista à cedência da Estação à Junta de Freguesia”. Na óptica do cabeça de lista, “era ali [na Estação] que devia ter ficado a sede da Junta, porque agora já não precisavam de andar à procura de um pavilhão para guardar as viaturas”.
Quanto a Luís Mina, “é bom lembrar que quando ele chegou à Câmara, a Av. Sá Carneiro e a Av. das Cantarias eram só lama e pó, e que os bairros não tinham saneamento, nem passeios”. Hoje, ironiza Amílcar Pires, “o presidente da Câmara e da Junta da Sé ficam todos contentes só porque fizeram uns metros de passeios, mas os tempos não são comparáveis”.

Contas de telemóvel

Os mandatos de Luís Mina, aliás, serviram para o candidato devolver as críticas aos sociais-democratas. “O Eng. Nunes dizia que o Plano Director Municipal aprovado pelo Dr. Mina não servia os interesses de Bragança, mas é pena que, em 8 anos de Câmara, ainda não tenha sido capaz de fazer a sua revisão”, disparou o cabeça de lista.
Mas, no jantar de apresentação da equipa rosa à JFS, as maiores críticas estavam guardadas para a sobremesa. Enquanto se servia o café, Amílcar Pires lançava o “digestivo”. “Não chega um autarca ser honesto e transparente, é preciso parecê-lo e, sinceramente, os que estão na Junta da Sé já não me parecem sérios”, afirmou o candidato.
Para exemplificar, Amílcar Pires falou de “reparações de carros particulares em oficinas onde a Junta de Freguesia arranja as suas viaturas”, de autarcas que “atestam os carros da Junta de combustível e os seus carros particulares também” e de contas de telemóvel que “ascendem a milhares de contos”.
As viagens e férias organizadas pela JFS também não passaram despercebidas. “A ideia foi do José da Cruz, mas a pensar na população. O que se sabe é que, agora, os membros da Junta também vão de férias de graça e à molhada”, garante o candidato.
Amílcar Pires promete revelar mais pormenores, “quando vencermos a Junta e virmos como estão as contas”.