José Miranda promete Provedor do Munícipe

O cabeça de lista apresentou, no passado sábado, a equipa que o acompanha na corrida à CMV, os candidatos à Juntas de Freguesia e Assembleia Municipal, tendo afirmado que o actual executivo camarário “limitou-se a concluir obras já adjudicadas, ou em fase de projecto, e com financiamento assegurado”.
Durante os 15 anos em que presidiu à CMV, José Miranda diz ter assumido “obras estruturantes para o concelho” e aproveitou para criticar o edil José Rodrigues. “Promessas houve, mas para cumpri-las é preciso coragem, esforço, trabalho e determinação, qualidades que o actual presidente da Câmara não tem”, defende o candidato.
Após a derrota em 2001, José Miranda assumiu o cargo de vereador e, passados cerca de quatro anos na oposição, nota que uma das principais críticas às Câmaras Municipais são as falhas nas respostas aos pedidos que chegam diariamente às autarquias. Para dar resposta a estes casos, o cabeça de lista promete criar a figura do Provedor do Munícipe.

“Funcionários perseguidos”

“Não será mais um tacho, mas uma pessoa isenta e seleccionada com todo o rigor, que terá a responsabilidade de ajudar as pessoas a resolver os seus problemas, respondendo perante a Câmara, a Assembleia Municipal e todos vós”, garante o vereador socialista.
A questão do “tacho” foi o mote para mais críticas ao executivo camarário. “Sempre fui transparente nas admissões para a Câmara Municipal e, por isso, nunca admitimos ninguém ligado ao meu gabinete pessoal, ou sequer filhos e parentes de vereadores da Câmara Municipal”, assegura o candidato.
Enquanto vereador da oposição, José Miranda queixa-se de falta de informação no que respeita à vida camarária e defende que José Rodrigues “não tem moral para dizer, nos comícios, que a liberdade chegou a Vimioso, depois dele ter ganho as eleições”.
“Não me considero o paladino da liberdade, mas não é uma pessoa que persegue funcionários do município desde a primeira hora que me vem dar lições de liberdade”, avisa o cabeça de lista.

“Regressámos ao tempo da PIDE”

As alegadas perseguições, aliás, marcaram grande parte da noite. O candidato à Assembleia Municipal de Vimioso (AMV), José Carlos, alinhou pela mesma bitola e apontou baterias a José Rodrigues. “Com ele regressámos ao Nazismo e ao tempo da PIDE”, afirmou o socialista, que se recandidata a novo mandato na AMV.
Para sustentar as afirmações do que considera ser “a Ditadura do Poder”, José Carlos relatou casos de “pessoas e funcionários da Câmara que foram e são perseguidos e chamados ao gabinete dos chefes porque se dignaram a falar com alguém que eles consideram do contra”.
Segundo o candidato “este executivo pautou o seu mandato pelo afastamento de pessoas que muito fizeram pelo concelho, e que foram substituídas por outras que, ao longo destes anos, só demonstraram ignorância e inaptidão para os cargos”.
Este foram alguns dos temas que marcaram a apresentação de José Miranda, e que prometem aquecer a campanha no concelho de Vimioso.