Ter, 02/08/2005 - 16:19
Durante as várias reuniões de trabalho foi constituída uma equipa de especialistas, para dar algumas respostas em relação à segunda língua oficial em Portugal ser o mirandês.
Segundo o secretário territorial da AIDLCM em Portugal, António Bárbolo Alves, o congresso foi positivo devido ao número de línguas que estiveram presentes.
Para além do mirandês também se ouviu falar asturiano, aragonês, valão, bretão entre outros idiomas da velha Europa, que vieram dar uma textura internacional ao congresso.
O tema proposto foi o bilinguismo e a sua aprendizagem pelos mais novos, onde os especialistas nesta matéria tiveram um papel de destaque.
Indecisões
Agora é preciso pôr o bilinguismo em prática nos mais diversos estabelecimentos de ensino, já que estiveram presentes o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o director regional de Educação do Norte, que se mostram atentos aos conferencistas. Contudo, para já ainda não há decisões oficiais em relação ao ensino do mirândes nas escolas.
“No caso concreto do mirandês foi adaptada uma resolução, que vai ser enviada para o Governo português solicitando a assinatura da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias”, frisou António Alves.
Também foi solicitada a implementação da lei 7/ 99, conhecida como a lei do mirandês, em despacho normativo. Esta lei reconhece o direito ao ensino da “Lhéngua”, para que as crianças mirandesas tenham o direito de aprender a língua mirandesa.
Contudo, também é importante a formação de professores de língua mirandesa, para que o mirandês possa ser introduzido nos programas escolares.