Ter, 28/06/2005 - 18:03
Este sistema, que ainda está em fase experimental, foi apresentado no seminário subordinado ao tema “Telemedicina em Castela e Leão e no Nordeste Transmontano”, que decorreu na passada quinta-feira, em Bragança.
Segundo o director do Centro de Saúde de Vinhais (CSV), António Gonçalves, já estão a ser efectuados vários testes experimentais com o Hospital Distrital de Bragança, no âmbito da Telepsiquiatria, e com o Hospital Distrital de Vila Real, no âmbito da Teledermatologia.
Para já, o objectivo é testar o sistema, através da verificação da qualidade das imagens.
“Este método vai permitir uma maior economia de tempo e de dinheiro, uma vez que aquilo que vai circular é a imagem do paciente e não o próprio doente”, garante António Gonçalves.
A Telemedicina vai abranger os doze centros de saúde do distrito de Bragança, para proporcionar aos utentes o acesso a especialidades que não existem nos estabelecimentos de saúde da região.
Especialistas mais
perto dos doentes
Na óptica do director do CSV, este sistema deve ser bem aproveitado. “Numa região periférica, como é o caso do Nordeste Transmontano, devemos tirar o maior partido das novas tecnologias, para conseguirmos aceder a consultas de especialistas que se encontram noutros pontos do País”, acrescentou o responsável.
Para o vogal do Conselho da Administração da ARS Norte, Sandro Araújo, esta é uma nova forma de fazer medicina que “está a ser implementada no terreno, para ser potenciada ao máximo”.
Neste momento existe, apenas, cooperação entre os centros de saúde e hospitais do Norte de Portugal, mas no futuro pode ser alargada às unidades de saúde de Castela e Leão, na vizinha Espanha.
O responsável da ARS Norte acrescentou, ainda, que, actualmente, está a ser montada toda a estrutura informática, que foi comparticipada pelo programa INTERREG. Posteriormente, “é necessário potenciar os recursos, aumentar protocolos e continuar a colaborar com Espanha”, sublinhou Sandro Araújo.
No âmbito deste projecto, o CSV recebeu, há cerca de uma semana, mais um equipamento, que permite efectuar consultas de radiologia à distância.
A Teleradiologia não vai funcionar por videoconferência, como no caso da Telepsiquiatria, mas vai permitir a captação de imagens, para depois serem relatadas à distância.
Segundo António Gonçalves, as equipas do CSV já receberam formação para trabalharem com este novo sistema, que ainda não tem data marcada para arrancar.