CDS-PP defende portagens

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Ter, 07/06/2005 - 15:00


O presidente do CDS-PP, Ribeiro e Castro, defende que é preciso “combater alguns mitos da gratuitidade criados pelo PS, que ainda existem”.

O dirigente refere-se, concretamente, às SCUT, “onde o Governo dá sinais muito negativos ao querer manter auto-estradas sem portagens”.
Na óptica de Ribeiro e Castro “o senhor primeiro-ministro diz que não vamos pagar portagens, mas não é verdade, porque vamos pagar as portagens no preço da gasolina, seja andando em estrada rápida ou a passo de caracol, o que ainda é mais negativo para a economia”.
O responsável falava no passado sábado, em Bragança, durante a apresentação dos candidatos aos doze concelhos do distrito (ver caixa).
O líder distrital do CDS-PP, Domingos Doutel, alinhou com Ribeiro e Castro nas críticas às SCUT. “Somos o único distrito do País que não tem uma auto-estrada, mas ainda nos obrigam a pagar mais impostos para pagar as três SCUT que foram feitas noutros distritos”, lamenta o líder popular, enquanto deixa um desafio: “construam-nos a auto-estrada entre Amarante e Quintanilha que nós comprometemo-nos a pagar as portagens.

Interior volta à ribalta

A questão da interioridade, de resto, não passou despercebida a Ribeiro e Castro, que acusa o Governo de esquecer os distritos mais desfavorecidos. “No programa do Governo a palavra interior aparece uma vez em 161 páginas e isso é um grande desapontamento, pois o interior merece uma resposta capaz”, sustenta o dirigente.
Para inverter a situação, o responsável defende a captação de investimento estrangeiro em três unidades industriais a instalar no interior norte, centro e sul do país. “Numa altura em que se defende a diplomacia económica, é fundamental atrair investimento estrangeiro, devidamente acompanhado pelo Estado, para que se desenvolva ao longo de duas gerações, no sentido de inverter o declínio demográfico do interior do país”, considera Ribeiro e Castro.
A par do investimento estrangeiro, o responsável defende a aposta nas relações transfronteiriças para atrair fundos comunitários para as zonas raianas, dada a sua proximidade com Espanha e com o resto da Europa.