Tiago garante grupo unido e motivado para o play-off

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Ter, 23/05/2017 - 22:23


Os altos e baixos da fase de manutenção colocaram os brigantinos no play-off. O defesa brigantino garante que no grupo ninguém atira a tolha ao chão. O plantel está unido e focado para garantir a permanência no CPP.

- O Grupo Desportivo Bragança terá que ultrapassar dois play-offs para garantir a permanência, e assim se espera. Pode-se dizer que foi uma equipa, olhando para o que conseguiu na temporada passada, que prometeu muito e deu pouco?

Na época passada vivemos um ano muito bom a nível individual e colectivo. Esta temporada, a expectativa era a mesma, apesar de sabermos que havia equipas que iam apostar forte, como por exemplo o Merelinense.
Começámos bem mas, talvez fruto da falta de opções, arbitragens menos boas e alguma falta de sorte, demos connosco na fase de manutenção. Depois, eu penso que não assimilámos bem esta fase pelo facto de não termos conseguido ir à fase de subida.
Temos que assumir as nossas responsabilidades pois quem está em jogo são os jogadores.

- A desmotivação de não terem conseguido passar à fase de subida reflectiu-se, de alguma forma, no plantel na forma como foi encarada a fase de manutenção?

Era a expectativa de todos, jogadores, equipa técnica e direcção, ir à fase de subida e lutar pela subida de divisão. Se calhar houve mais desilusão do que falta de motivação.

- Como se motiva um plantel que não consegue atingir o objecticvo de passar à fase de subida e vê-se obrigado a lutar pela permanência?

Independentemente de tudo temos que andar motivados, pois o clube dá-nos todas as condições para fazer o nosso trabalho e não nos falta nada. Não podem dizer que falhámos na atitude, mas com o decorrer dos jogos a equipa começou a ficar intranquila …

- E isso foi evidente em alguns jogos …

Sim. Recordo-me que, já com o André David no comando técnico, a ganhar 1-3, com o jogo controlado, começamos a ficar ansiosos, a querer ganhar e acabámos por empatar a três bolas.

- Já que fala em André David. O treinador veio substituir Zé Gomes a três jornadas do final. Como é que o grupo lidou com esta mudança?

É sempre muito complicado, ainda mais na fase final da época. Mas quem anda no futebol sabe que quando tem que partir parte para o lado do treinador. Seria com o Zé Gomes que íamos terminar o campeonato mas a direcção entendeu dar um abanão no grupo. Chegou o André David e é com ele que vamos até ao fim.

- Houve problemas de balneário que se tenham reflectido no rendimento da equipa?

Não. Formou-se um grupo muito forte desde a temporada passada, falando do tempo que estou aqui. Claro que o ambiente de um grupo que ganha não é o mesmo de um grupo que perde. Apesar de todas as contrariedades, lesões e castigos, fomos sempre um grupo forte.

- Como é que o grupo lida com as críticas dos adeptos, sobretudo esta temporada?

Quem anda no futebol tem que saber lidar com esse tipo de situações. Nós temos que nos colocar no papel dos adeptos, que vão ver os nossos jogos e não sabem o que se passa durante a semana. Acabámos por ser avaliados mediante pelo que mostrámos ao domingo em jogo.

- Mas o grupo sente-se apoiado?

Eu penso que sim. Mas gostávamos de ter mais gente no estádio. Eu lembro-me de vir jogar a Bragança, quando representava o Cesarense, e notava-se mais bairrismo nos adeptos do Bragança.

- Como é que a equipa está a encarar o play-off?

Queremos ganhar e ninguém lhe passa pela cabeça não conseguir a permanência. Estamos motivados e queremos sair desta situação pela qual somos responsáveis.

- Ainda é cedo para falar em futuro, mas este vai passar pelo Bragança ou há possibilidade de rumar a outras paragens?

Enquanto me quiserem cá eu quero continuar. Receberam-me tão bem, as pessoas tratam-me tão bem que consigo sentir-me em casa …

- Na época passada ainda se especulou sobre uma eventual saída ….

Sim. Mas acreditei no projecto e vivi o melhor do Bragança. Sinto-me bem aqui, tenho um filho pequeno e i facto de estarem sempre atentos e preocupados com os jogadores pesou na minha decisão em ficar.

- Como tem sido a estadia em Bragança e no GDB?

Bragança é das melhores cidades que conheço para se viver. Tem qualidade de vida. A gastronomia é óptima, as pessoas são afáveis e na cidade encontro o que tenho no clube. O presidente é como se fosse pai de todos os jogadores, sempre muito presente e preocupado com o plantel.

- O seu colega, o Turé, disse em entrevista, que há uma grande proximidade com os adeptos e que o abordam na rua para falar dos jogos. Acontece-lhe o mesmo?

Sim é verdade. As pessoas acabam por nos conhecer e abordar na rua.

- Além de jogar na equipa sénior, o Tiago treina os mais pequenos. Como tem sido a experiencia como treinador?

É muito gratificante. É das coisa que mais gosto, chegar aqui, à segunda ou à quinta, e ver o sorriso na cara daquelas crianças.