Paulo Gonçalves avança para a recandidatura à liderança do CAB

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Seg, 22/06/2020 - 18:09


O Clube Académico de Bragança (CAB) vai a votos no próximo dia 15 de Julho. Paulo Gonçalves, presidente do clube desde 2014, vai recandidatar-se e confessou ao Nordeste que a pandemia da Covid-19 também trouxe dificuldades ao CAB.

 

- Há seis anos que lidera o Clube Académico de Bragança. Porque decidiu avançar para a recandidatura?

Não fazia sentido neste momento difícil para todos em geral e para o clube em particular não me recandidatar.

A pandemia veio alterar por completo os planos de toda a gente. Perante esta fase tão difícil era desonesto da nossa parte não avançarmos com uma candidatura.

 

- De que forma esta pandemia afectou o clube no presente e que consequências pode trazer no futuro?

Desde logo o termos que encerrar as instalações do clube e suspender toda a prática desportiva. Como é óbvio verificou-se uma grande quebra a nível de receitas e muito dos custos mantiveram-se, pois continuamos a honrar os nossos compromissos com os nossos funcionários. Está a ser difícil a nível financeiro, no entanto podemo-nos orgulhar de não ter de dívidas. Temos tudo pago até ao momento, mas não é fácil gerir o clube numa situação destas.

Relativamente as consequências, para já não fazemos a mínima ideia porque o futuro é imprevisível já que depende da evolução da pandemia. A única coisa que podemos pensar é que temos que gerir o clube da melhor forma e avançar com as modalidades paulatinamente e ter sempre em conta a evolução da pandemia no contexto nacional e no contexto local.

 

- Para quando a retoma de todas as actividades do clube?

Nós começamos com a modalidade de ténis que é uma modalidade que podemos praticar ao ar livre com distanciamento social. De referir que 70% das pessoas que praticava ténis antes da pandemia regressou e tivemos muitas pessoas que não eram praticantes de ténis e que começaram a praticar depois de reiniciarmos as actividades de manutenção, utilizando o espaço das piscinas, um espaço ao ar livre que permite o distanciamento social, seguindo todas as directrizes da DGS.

Algumas actividades serão retomadas. As primeiras a regressar aos treinos serão as modalidades de competição, uma vez que as próprias federações já permitem. Estamos a equacionar retomar o voleibol e o hóquei em patins, depois vamos analisando a evolução para saber se conseguimos retomar mais alguma actividade ou não.

 

- Como ficam as modalidades federadas em termos de competição, nomeadamente o hóquei e o voleibol?

Sinceramente, não fazemos a mínima ideia como é que será a época desportiva a nível de competição oficial uma vez que as associações e federações, quer a Associação de Patinagem do Porto quer a Federação Portuguesa de Voleibol, ainda não lançaram as directrizes de como será retomada a competição. Por isso, vamos aguardar e fazer o nosso trabalho.

 

- Para esta recandidatura há novos projectos?

Nós temos sempre em mente fazer coisas diferentes. No entanto, neste momento temos que ter os pés bem assentes na terra e fazer tudo por tudo para que o clube continue em funcionamento e continuar a honrar os nossos compromissos. Para já é prematuro avançar o que quer que seja relativamente a novos projectos. Temos ideias mas não acho correcto estar aqui a fazer a apresentação dessas ideias e depois não as conseguirmos pôr em prática. Temos que ser realistas face à conjuntura actual.

Quero aproveitar para fazer um apelo a todos os sócios para que regularizem as suas quotas e que ajudem o clube. Neste momento toda a ajuda é bem-vinda.

 

 

Foto de Diogo Pinto