Será que vão fazer de Portugal uma nova Venezuela?

PUB.

Portugal já é um Brasil em ponto pequeno tendo em conta a corrupção, a aldrabice, a desigualdade e a pobreza. Obra da direita, isto é, do PS, do PSD e do CDS, partidos que foram poder no Portugal democrático.
Acontece que a partir do momento em que António Costa ousou unir a esquerda no imbróglio a que se convencionou chamar geringonça começaram a surgir sinais preocupantes de que Portugal se poderá tornar numa nova Venezuela.
A maior evidência é dada agora por Mariana Mortágua, putativa ministra das Finanças que, mesmo sem ainda ter assento no Conselho de Ministros, já dita a política tributária, ensaiando a pasta que o BE muito provavelmente irá reclamar num eventual próximo governo da geringonça.
Por isso os portugueses estão mais confusos e receosos que nunca. Porque a economia, para a esquerda unida, é um cozido à portuguesa em que se metem nabos, batatas e impostos no caldeirão de São Bento e se distribui o rancho pelos pobrezinhos.
Tudo de acordo com um conceito de igualdade e justiça um tanto primário: passam-se os ricos a pobres e promovem-se os pobres a ricos e tudo fica igual, mas de pantanas, não importando saber o que faz os pobres serem pobres e os ricos serem ricos.
Ora isso não é justiça e muito menos solidariedade e segurança social. Justiça é tratar a todos por igual, sancionar os criminosos e premiar os cumpridores. Há ricos que enriqueceram ilicitamente, sim, mas também os há que geram emprego e desenvolvimento.
Fica-se, portanto, com a ideia de que a esquerda unida está votada a fazer de Portugal uma nova Venezuela, ou uma nova Cuba. Outros modelos não se lhe conhecem, para lá da Coreia do Norte, de formato mitigado, porque, para já, não pensam em bombas atómicas e o BE até defende a extinção das tropas especiais. Embora possa vir a criar a sua própria guarda revolucionária, se o deixarem, para meter os aforradores na cadeia.
Esquerda unida que não tem tido o braço suficientemente lesto e comprido para apanhar aos grandes agiotas nos distantes paraísos fiscais, nem mesmo no próprio palácio de São Bento, mas a quem não escapa o humilde contribuinte.
É com o PS esparramado à esquerda, portanto, que a geringonça tem vindo a derivar para ocidente rumo a Cuba e à Venezuela. Um tanto ao arrepio de Jerónimo de Sousa que vê mais longe, e preferiria, por certo, voar para o extremo oriente, para a Coreia do Norte do senhor Kim Jong-un.
Está visto: lamentavelmente os nossos políticos não sabem como curar Portugal. São aprendizes de feiticeiro que pretendem salvar o paciente com mezinhas de esquerda, ou panaceias de direita, que mais agravam a doença.
Resta-nos a esperança de que mais lúcidos e sensatos governantes surjam enquanto é tempo, ministrem mais adequadas medicinas e coloquem o país em rumos mais saudáveis. Os da Suíça ou da Noruega, por exemplo.
Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Henrique Pedro