Vinhais reclama acessibilidades

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Ter, 14/02/2006 - 16:31


A abertura da Feira do Fumeiro de Vinhais, que decorreu na passada quinta-feira, foi marcada pela reivindicação de melhores acessibilidades, que permitam desencravar o concelho e desenvolver a economia local.

O presidente da autarquia local, Américo Pereira, aproveitou a presença do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, José Serrasqueiro, para enviar um recado ao Governo sobre a necessidade de desencravar o concelho.
O edil considera urgente o prolongamento da A7 entre Chaves e Bragança, passando por Vinhais, para evitar o isolamento do norte do País.
“Os espanhois foram inteligentes, porque ao fazerem passar a A52 espanhola que vem de Vigo para Madrid perto da fronteira portuguesa acabam por isolar o Nordeste Transmontano, se não conseguirmos fazer uma auto-estrada paralela à deles como forma alternativa”, acrescentou Américo Pereira.

“IP4 é um prejuízo para
os transmontanos”

O IP4 é considerado pelo autarca “um prejuízo para os transmontanos” se não for criada uma rede de comunicações que ligue todo o Norte do País.
A “pujança” da economia do concelho de Vinhais, feita através dos recursos naturais, nomeadamente o fumeiro e a floresta, foi outro dos aspectos realçados por Américo Pereira, para pedir apoios ao Poder Central.
José Serrasqueiro confirmou a necessidade de acessibilidades para o concelho de Vinhais, comprometendo-se a transmitir o pedido ao Ministério que tutela os transportes e as comunicações.
Relativamente à Feira do Fumeiro, o governante salientou as características peculiares do evento, dado que é uma forma de promover produtos genuínos com Denominação de Origem Protegida.
“Portugal tem uma grande quantidade de produtos diversificados com características muito marcadas. Por isso, queremos que sejam estabelecidos acordos multilaterais de forma a que esses produtos possam ser utilizados e produzidos noutros locais, com outras características e utilizar a marca genuína deles”, salientou o secretário de Estado do Comércio.
Para tal, o Governo já criou um conjunto de programas de incentivo não só ao nível da comercialização dos produtos regionais, mas também para a modernização tecnológica dos estabelecimentos comerciais.