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Vinhais debate Educação Especial

Ter, 07/03/2006 - 16:33


A problemática da Educação Especial foi debatida nas I Jornadas Pedagógicas que se realizaram em Vinhais, na passada quinta e sexta-feira.

Em torno desta questão focou-se a responsabilidade a todos, escola, professores, alunos, família e meio social na formação do aluno com necessidades especiais. Segundo Vítor Sil, docente de Educação Especial no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros, o jovem tem que ser integrado numa escola regular, de forma a proporcionar-lhe o acesso a tudo o que as restantes pessoas têm. “Devem-se criar as condições, de modo a que este aluno tenha um percurso académico e social normal”, defendeu o responsável. Trata-se, na óptica do profissional, de uma filosofia inclusiva, uma vez que um aluno com necessidades educativas especiais deve estar sempre integrado numa turma e numa escola de ensino regular e em permanência com colegas ditos “normais”. Só desta maneira é que esse jovem vai “adquirir um conjunto de desenvolvimento de competências, com todas as oportunidades que os outros têm”, opinou o orador.

“Uma escola para todos”

Vítor Sil reprova a inclusão de alunos “diferentes” em instituições próprias, os chamados estabelecimento de ensino especial. Deve-se, pelo contrário, integrar o jovem “especial” numa escola regular onde, através do contacto com todo o meio que o rodeia, possa ter todas as possibilidades de evoluir e progredir favoravelmente. Ou seja, o docente defende uma “escola para todos”, onde todos (estudantes, professores, técnicos e encarregados de educação) desenvolvam um trabalho e responsabilidades junto do aluno especial, não podendo, de forma alguma, deixá-lo isolado, aquando da sua incorporação no estabelecimento de ensino.
Contudo, para que esta inclusão corra da melhor maneira tem que haver um trabalho de base, onde as pessoas dessa instituição estejam preparadas para receber e integrar o aluno. Seja ao nível dos outros estudantes, dos professores e encarregados de educação, nunca se deve colocar o aluno da escola de “qualquer forma e abandoná-lo”, defendeu o professor. Antes pelo contrário, o jovem deve ser integrado de uma forma pensada e objectiva, através de muito esforço e preparação. Só assim os colegas vão, também, desenvolver trabalhos em parceria e incluí-lo nas suas actividades. “Só por estar fisicamente numa turma, não significa que o aluno especial esteja integrado. Para isso acontecer terá que existir um trabalho de base”, realçou o responsável.
No entanto, na óptica de Vítor Sil, existem “nuances” que devem ser respeitadas. Um exemplo é a avaliação que todos os educandos devem realizar, à qual também o aluno com necessidades educativas especiais deverá ser submetido. Contudo, o professor, ao estabelecer a planificação e a programação, deve fazê-las com base no conhecimento que tem de cada aluno e na realidade de cada um. “Tem que se adaptar o ensinamento com a avaliação”, defendeu o docente.