Vimioso (des) espera pela fixação de empresas

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Ter, 14/02/2006 - 16:18


Uma queixa apresentada na Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) está a atrasar a instalação duma empresa espanhola na zona industrial de Vimioso.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, José Rodrigues, depois do muncípio ter assinado, há mais de um ano, um protocolo com uma empresa agro-pecuária de Zamora, o processo ainda não conheceu novos avanços.
O edil aponta o dedo aos vereadores do PS, que consideraram ilegal a venda de terrenos na zona industrial, por um preço simbólico de um cêntimo por metro quadrado, e apresentaram queixa na IGAT.
Esta decisão encravou a escritura do terreno, uma vez que a Câmara Municipal de Vimioso preferiu agir com precaução, aguardando uma decisão por parte da IGAT.
José Rodrigues garante que a autarquia já recebeu um parecer favorável por parte do IGAT, o que lhe permite cumprir o protocolo celebrado com a empresa agro-pecuária espanhola.

Cinco postos de trabalho

“A nova unidade industrial vai-se dedicar, inicialmente, ao fabrico de rações e à venda de matéria-prima, mas pondera alargar o negócio ao longo do tempo”, acrescentou o autarca.
Recorde-se que, de acordo com o protocolo assinado, a empresa compromete-se a criar, imediatamente, cinco postos de trabalho. Contudo, o edil de Vimioso acredita que, a longo prazo, a unidade vai gerar muitos postos de trabalho directos e outros indirectamente.
A revitalização da economia numa das zonas mais desertificadas do distrito de Bragança tem levado o município a vender os terrenos da zona industrial a preços atractivos para as empresas.
Mesmo assim, o número de unidades que se fixaram no concelho ainda é muito reduzido, face ao espaço disponibilizado pela autarquia local.
No entanto, José Rodrigues mostra-se confiante, afirmando que, até ao momento, já se instalaram sete empresas nos terrenos da zona industrial, enquanto se aguarda a fixação de mais cinco unidades industriais.