UTAD de Miranda em risco

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Ter, 14/02/2006 - 15:31


“Se for feita uma análise à rede de ensino superior no País, qualquer entidade avaliadora será tentada a dizer que o pólo da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) de Miranda do Douro está deslocado, pelo que não faz sentido a sua existência”. A afirmação é do próprio reitor da UTAD, Mascarenhas Ferreira.

Recorde-se que a criação daquele pólo de ensino superior na cidade de Miranda do Douro – em 1998 – foi encarado como a terceira revolução sofrida naquele concelho do Nordeste Transmontano, depois da construção dos empreendimentos hidroeléctricos, na década de 50, e da abertura da fronteira, na década de 80, que permitiu um maior intercambio comercial com a vizinha Espanha.
Apesar do pólo representar um factor de desenvolvimento numa cidade do interior, Mascarenhas Ferreira vai avançando que “os sucessivos ministros da Ciência e do Ensino Superior não têm dado aos responsáveis da UTAD garantias para a manutenção daquele pólo de ensino superior”.

Despesas comprometem pólo

Para já, há custos acrescidos para os cofres da UTAD na manutenção daquele pólo, despesas que a reitoria gostaria de ver supridas pela tutela. Enquanto isso não acontecer, os responsáveis da UTAD estão a repensar a manutenção dos dois cursos superiores que estão a funcionar em Miranda do Douro.
“Se houver um acréscimo de despesas naquele pólo, que se tornem insuportáveis pela Universidade, é preciso tomar medidas”, acrescentou Mascarenhas Ferreira.
Neste momento, o curso de Trabalho Social tem cerca de 235 alunos, Antropologia Aplicada ao Desenvolvimento 73 alunos, ao passo que o número de docentes ronda os 30.
Segundo o reitor, as instalações nunca foram um problema, já que houve o apoio da autarquia local na melhoraria das condições para os estudantes e docentes.
Outro dos pontos de honra da actual Reitoria da UTAD é a criação de situações idênticas para todos os alunos, no campo da acção social.