Universidade Sénior em Bragança

Especialmente dirigida aos mais velhos, o projecto acolhe, também, inscrições dos mais jovens, como afirmou a coordenadora pedagógica da US, Idalina Fernandes. “As aulas estão abertas a toda a gente, a todos aqueles que queiram ocupar o seu tempo livre”, frisou a responsável, numa ideia corroborada pelo presidente do RCB, Delfim Batouxas. “A Universidade Sénior é dirigida à população com níveis de formação bastante diferenciada”, explicou o empresário
A abertura do ano lectivo da US decorreu no passado sábado e incluiu a assinatura de um protocolo com a Casa do Professor de Bragança e uma palestra sob o tema “Desenvolvimento ao Longo da Vida e Participação Social”, a cargo da docente do Instituto de Ciências Biomédicas, Abel Salazar, Constança Paul.
A conferencista salientou a importância de uma pessoa se manter activa ao longo da vida e de abrir novos horizontes, tendo em vista “um envelhecimento bem sucedido”.

Docentes são voluntários

Durante a palestra, Constança Paul apelou ao voluntariado e à solidariedade social, termos que ainda considera pouco usuais em Portugal. “No nosso País, estes valores andam abaixo dos 5 por cento, números que ficam muito aquém das expectativas e daquilo que seria de esperar”, lamenta.
Segundo Idalina Fernandes, o RCB tem contribuído para contrariar esta tendência. “Os docentes estão todos num regime de voluntariado e, mesmo assim, tivemos muita receptividade e apoio da parte deles”, garante a coordenadora pedagógica da US.
Também o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, abordou o tema da solidariedade e do voluntariado. “Tem que se promover esta vertente social, pois é um projecto recente e há que incentivar o envolvimento de outras entidades e instituições, além da Câmara Municipal e da Casa do Professor”, considera o edil.
Uma das alunas da US, Elsa Pires, confessou sentir-se bastante animada e expectante com o início das actividades lectivas. “Estou muito entusiasmada com as aulas e penso que parar é morrer”.
No âmbito do leque de disciplinas, a estudante salientou que só não se inscreveu em mais áreas por falta de disponibilidade. “Optei por literatura, inglês e todas as outras matérias relacionadas às artes”, explicou.