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Um 1 ° de Maio efusivo na cidade de Bragança

Ter, 16/05/2006 - 14:59


A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro (CTMAD) - com sede em Lisboa - a mais antiga associação regionalista do pais, que no ano findo comemorou o 1 ° centenário da sua existência, com um vasto programa social e cultural, incluindo dois passeios turísticos na regido transmontana, decidiu este ano, dado o êxito dos anteriores, promover um novo convívio com os seus sócios, visitando um novo roteiro regional tão atractivo e apelativo nesta quadra festiva e primaveril.

Tendo sido visitadas em 2005 a Regido do Alto Douro (vinhedos e cruzeiro no Rio Douro), as Cidades de Vila Real e Chaves e inúmeras vilas pitorescas daquelas encostas vinhateiras, a direcção da CTMAD enveredou nesta primavera pelos contornos sinuosos do Parque Natural do Douro Internacional, de beleza poderosa e esmagadora, por terras recônditas de Freixo de Espada a Cinta e Mogadouro, onde se perpetua a memória de escritores maiores da nossa literatura (Guerra Junqueiro e ` Trindade Coelho), pelo Alto Planalto Mirandês, tão arborizado e seco, e aldeias genuínas tão cerradas em seus costumes, tradições e língua única e castiça (a fala mirandesa), para finalizar nesta altaneira e guerreira Cidade de Bragança, que em lutas de séculos foi consolidando as suas fronteiras face a invasores inimigos sempre persistentes.
A excursão aproveitou o longo fim de semana de 29 e 30 de Abril e I de Maio, coincidindo com um tempo invejável, de sol aberto e temperatura amena. A estadia em Bragança, a que especialmente me reporto, permitiu a cerca de 50 turistas lisboetas, na sua maioria de ascendência transmontana, outros seus amigos ou familiares, conhecer ou (re)conhecer, uma cidade histórica, mas também cada vez mais expansiva e moderna, que a todos surpreendeu.
Houve visita guiada a "cidade nova", ao fim da tarde de domingo, em percurso de autocarro, e a noite fez-se a pé, a visita a luminosa e feérica "Feira do Artesanato", na Praça Camões, cheia de barraquinhas surpreendentes, e para alguns mais resistentes, o passeio ao luar ao longo do "corredor verde do Fervença" (a grande obra urbanística do Programa "Polis").
Na manhã de segunda feira - dia feriado do 1° de Maio - com uma cidade cheia de sol e vibrante de luz, foi a romagem ao castelo, com visita guiada ao conjunto sempre exaltante, da cerca de muralhas rodeando a imponente torre de menagem, a Igreja branca de Sta. Maria e a "Domus Municipalis", de belíssimo recorte românico. Fez-se ainda uma visita pelas sinuosas e estreitinhas ruas da "Vila" ou "Cidadela" onde se albergava a "corte" (a fidalguia) e o povo da primitiva cidade medieval nos séculos XII a XV, bem defendida entre as suas poderosas muralhas. Agora residem lá velhinhas, pessoas idosas, e alguns pequenos comerciantes, todos felizes por viverem recordando os reis antigos, os cidadãos antigos, que ali lutaram contra mouros, romanos e outros inimigos.
E mais felizes agora, porque os tempos são mais doces, não há guerras, e vêem as suas vivendas velhinhas agora progressivamente recuperadas pelos programas de "preservação histórica", com apoios da U.E., do Estado português, e da inestimável intervenção operacional e urbanística da Câmara Municipal de Bragança.
A visita turística da "Zona Histórica" foi acompanhada por "guia" dos Serviços de Turismo da C.M.B., que nos facilitou uma descrição entusiasmante de toda a envolvência monumental, no contexto histórico da cidade.
Agradecemos a todos os dirigentes municipais o apoio que deram a esta iniciativa da CTMAD de Lisboa.

Arminda Cepêda