Turismo representa desenvolvimento

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Ter, 03/10/2006 - 14:46


O Dia Mundial do Turismo comemorou-se, na passada quarta-feira, com a oferta de lembranças aos turistas que passaram pelo Castelo de Bragança. Assim, as senhoras receberam uma rosa, enquanto os homens foram presenteados com uma navalha.

Para o presidente da Região de Turismo do Nordeste Transmontano (RTNT), Júlio Meirinhos, a iniciativa pretende sensibilizar as pessoas para a importância desta actividade como potencial motor de progresso do País. “Ou o desenvolvimento se faz através do turismo ou não se desencrava esta região”, confirma o responsável.
Recorde-se que o sector movimenta elevados valores e um crescente número de pessoas. “Há meio século, só se registavam cerca de 25 milhões de turistas por ano em Portugal e, agora, 700 milhões”, dados que demonstram a importância do turismo para a economia nacional.
Já no distrito de Bragança, o presidente da RTNT revela que os números aumentam anualmente, o que comprova a existência de infra-estruturas e locais de interesse na região. No entanto, lamenta que alguns equipamentos desaproveitados, “os operadores queixam-se que não há turistas e, por isso, não são rentáveis”. A solução, na óptica do responsável, passa pelo trabalho em conjunto por parte das diversas entidades relativamente à promoção dos pontos de interesse turístico. “Não podemos actuar sozinhos, pois o que queremos é vender esta região no exterior”, adiantou Júlio Meirinhos.

Preencher as infra-estruturas

Assim, a principal prioridade do presidente da RTNT é ocupar e rentabilizar as infra-estruturas já existentes na região. “Os equipamentos estão construídos, mas faltam os clientes para os tornar lucrativos”, revelou o responsável.
Para isso, é essencial a criação de rotas e circuitos, bem como a actuação de guias turísticos junto dos clientes deste sector. “O turista chega aqui e sente-se perdido, porque não tem indicações de ninguém”, lamenta Júlio Meirinhos.
Para o responsável, a região oferece um sem-número de atracções turísticas, mas falta promovê-las junto dos potenciais clientes. “Temos paisagens e bens, só falta apostar na divulgação”.
O mesmo problema se verifica relativamente ao Museu Militar de Bragança (MMB). “Os turistas visitam o equipamento, mas depois disso não lhes é oferecido mais nada”, ressalva Júlio Meirinhos.
Já o director do MMB, António Martins, refere que a unidade recebe muitos visitantes, em especial espanhóis, mas lamenta que muitos bragançanos não conheçam o Museu.
O responsável adianta que o número de visitantes “pode flutuar entre os 50 e 250, ou mais, pessoas por dia”, consoante a época do ano.