Turismo espreita minas de Coelhoso

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Ter, 11/07/2006 - 15:23


Após os trabalhos de limpeza e consolidação das minas da Ribeira, em Coelhoso (Bragança), que deverá estar concluída no próximo ano, a Junta de Freguesia pretende valorizar aquele património para fins turísticos.

Neste momento, a autarquia já detém a concessão de cerca de 50 por cento daquele espaço e, até ao final do ano, pretende adquirir a gestão da restante superfície.
A ideia é aproveitar o património mineiro, bem como toda a zona envolvente para fins turísticos.
“O que nós pretendemos é dar uma utilidade àquele espaço que se encontra abandonado desde a década de 60, altura em que as minas deixaram de ter viabilidade económica. A par do turismo rural, aquela zona também pode ser utilizada para a realização de eventos sazonais”, acrescentou o presidente da Junta de Freguesia de Coelhoso (JFC), Ernesto Fernandes.

Trabalhos arrancam
no final do Verão

Para já, estão previstos uma série de trabalhos de limpeza, consolidação e selagem de espaços interiores e exteriores às minas, que deverão arrancar no final do Verão.
Esta intervenção, que vai ser levada a cabo pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), vai custar cerca de 662 mil euros.
“Foram disponibilizadas verbas pelo Governo para fazer a limpeza da parte interior das minas, consolidar paredes que representam instabilidade e consolidar a zona onde foram depositados inertes, pois todo esse terreno foi muito afectado pelos químicos utilizados na extracção do minério”, salientou Ernesto Fernandes.
Além disso, a JFC já fez chegar ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional a necessidade de consolidar algumas zonas envolventes às antigas minas de estanho e volfrâmio.
“Nós temos ali uma paisagem magnífica que deve ser valorizada. Por isso, há outros espaços que precisam de ser intervencionados, nomeadamente caminhos e um curso de água, que é um afluente do rio Sabor”, realçou o autarca.
Recorde-se que a JFC já levou a cabo um projecto de plantação de árvores em cerca de 10 hectares do cabeço mineiro, tendo em vista o embelezamento da paisagem.