Ténis e badminton são promessa para a nova época

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Ter, 12/09/2006 - 17:08


Fundado em 1968, o Clube Académico de Bragança (CAB) tem estatuto de utilidade pública, medalha municipal de mérito – atribuída pela Câmara Municipal de Bragança – e ainda um Reconhecimento de Mérito pelo Instituto do Desporto de Portugal.

Está inscrito na Federação de Patinagem de Portugal, Federação Portuguesa de Basquetebol, Federação Portuguesa de Aikido e na Federação Portuguesa de Karaté.
Actualmente, o seu presidente é Luís Mário Doutel, uma pessoa com 26 anos de ligação ao clube, tendo ocupado cargos de seccionista e treinador de hóquei em patins.
O número de sócios do C.A.B ronda os mil e quinhentos, ao passo que o clube aposta sete modalidades, estando previstas mais duas. Ao todo são perto de trezentos e vinte os praticantes envolvidos nas actividades da colectividade.

O Clube Académico de Bragança (CAB) vai iniciar a nova época no próximo mês de Outubro. Assim espera o presidente do clube, Luís Mário Doutel, que tem muita esperança em ver o CAB entrar com todas as modalidades, visto que há várias contingências a ter em linha de conta. A mais importante será, com certeza, ter o número de inscrições necessárias para poder alinhar nos campeonatos que se avizinham.
Os dados reais, fornecidos pelo responsável destacam as actividades desportivas da colectividade (fig. 1). O CAB apresenta-se para a nova temporada com uma vasta área de desportos, nomeadamente: ginástica de manutenção, aeróbica, ginástica de base, Karaté, Aikido, basquetebol e, por último, hóquei em patins.
Em escala de praticantes menor, mas não menos importante, existe uma classe para deficientes motores, gratuita, com acompanhamento técnico-profissional especializado. Trata-se de um ponto de honra do CAB, que não encontra paralelo na maioria das colectividades da região.
As grandes novidades dentro da secção de modalidades e recursos humanos é “a aposta no ténis e badminton, já que o clube tem boas condições para a prática destes desportos”, retorquiu o presidente.

Tacada no basquetebol

Mas o estado de ataraxia não é geral, pois dentro do basquetebol, o Académico não vai competir em seniores. Luís Doutel considera que o clube, embora tente ser imparcial perante as suas modalidades, tem que, pelo seu passado histórico, dar ao hóquei todas as primazias financeiras. Em tempos, a tradição desta instituição era o futebol, mas, graças ao pioneirismo do antigo presidente Manuel Pereira (1980), o hóquei do Académico impôs-se no panorama regional e até nacional, sendo um motivo de orgulho na cidade de Bragança. A título de exemplo, basta olhar para as estrelas que foram criadas no CAB: Pedro Rodrigues, Duarte Nuno (ambos campeões europeus) –, Ricardo Figueira – um dos melhores hoquistas de Portugal, já campeão do mundo pela selecção nacional, hoje nos quadros do Futebol Clube do Porto – Pedro Chumbo, Jojó (Jorge Domingos), Rui Veloso (1.ª divisão nacional), entre outros.
No que concerne a fontes de financiamento, o CAB vive e sobrevive graças a um subsídio anual da Câmara Municipal de Bragança, seguido da venda de serviços, isto é, aluguer de pavilhão, exploração dos campos de ténis externos, exploração das instalações (bar/restaurante) e piscinas exteriores na época balnear. Não obstante, o orçamento do clube é, ainda, acrescentado pelas quotas dos sócios e as inscrições dos atletas, que pagam cerca de cem euros por ano em qualquer que seja a modalidade atrás referida. O orçamento desta temporada compreende o dinheiro angariado nas piscinas, onde “ainda não foram feitas contas”, esclarece o dirigente.
A estas verbas ainda há que juntar os poucos apoios dos patrocinadores em que a direcção “joga”.

Cultura do clube

O CAB tem como cultura proporcionar a prática desportiva aos cidadãos, desenvolver o desporto no lazer e, por último, promover o desporto na competição. Por conseguinte, formar indivíduos, desenvolver a formação dos praticantes e das modalidades são as principais vocações do clube. “O Académico denota uma preocupação generalizada em garantir uma formação – a nível desportivo e social – de atletas e proporcionar espaços de prática desportiva orientada”, afirmou o presidente.
Constata-se, por todas as fileiras do Académico, que as missões primordiais são a participação em telas de índole competitiva, promoção das actividades desportivas, melhoramento das instalações desportivas e reforço da qualidade nos técnicos de formação de administração / gestão, esta última ainda não muito valorizada.
De ano para ano há que ajustar pequenas lacunas e melhorar as respostas. Mas, no sentido lato, o clube teve êxito e os argumentos estão nos resultados dentro do espaço propriamente desportivo, onde os frutos foram melhores que os esperados. Mas convém sublinhar que o CAB sofreu, apesar da estrutura do clube não ter culpa, uma redução de atletas, devido a um mercado de recursos humanos cada vez mais competitivo. Exemplo máximo são as piscinas cobertas / aquecidas que têm vindo a “roubar possíveis atletas do Académico”, lamenta Luís Doutel.

Ambições desportivas

Para a nova época, as ambições passam por chegar ao topo, “ao máximo”, tal como refere o presidente da colectividade. O mesmo é dizer que o clube, através do esforço e da dedicação, de todos os intervenientes, promete uma caminhada triunfante…rumo aos nacionais. E nem os largos quilómetros percorridos, principalmente pelo basquetebol (camadas jovens) e hóquei em patins (que pertence à Associação do Porto) retiram motivação aos atletas e dirigentes na procura da vitória.
Neste campo, o dirigente lança uma crítica a outros clubes e a outras localidades por não desenvolverem determinados desportos, o que causa filiações em associações muito afastadas da região. Recorde-se que existe uma Associação de Basquetebol em Trás-os-Montes, “quase fechada”, o que faz com que determinadas equipas, que têm paixão pela modalidade, tenham que disputar jogos em Vila Real ou Viseu para terem acesso ao Nacional.