Talha dourada em livro

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Ter, 06/06/2006 - 15:56


A região de Bragança apresenta, nas suas igrejas e edifícios históricos, verdadeiras obras de arte no que concerne à aplicação de talha dourada e policromada.

Exactamente por ser um distrito tão rico, Luís Alexandre Rodrigues apresentou, na passada terça-feira, na Fundação “Os Nossos Livros”, o volume “A Arte da Talha Dourada e Policromada no Distrito de Bragança”.
O livro é o resultado de uma pesquisa e investigação exaustiva levada a cabo pelo autor que, após a selecção de contratos notariais, encontrados em arquivos e notários, procedeu à descodificação e interpretação dos textos.
Este lançamento, segundo Luís Alexandre Rodrigues, vai de encontro aos seus interesses e formação. “Particularmente no campo da arquitectura e, claro na arte da talha dourada e policromada, que envolve a pintura”, salientou o estudioso.
Durante a apresentação do livro, o autor sublinhou a relevância e o contributo da região de Bragança relativamente à arte da talha dourada. “Portugal era a metrópole de um vasto império e este formulário artístico foi levado pelos soldados e missionários para outras paragens, contribuindo, assim, para a sua dimensão universal”, realçou o responsável.
O docente não deixou de referir a importância e vitalidade da vinda, para Bragança, de artistas de outros locais mais populosos, onde abundavam oficinas, uma vez que aplicaram no distrito os seus conhecimentos e técnicas inovadoras. “Vieram trabalhadores castelhanos e flamengos, entre outros, para a região”, reforçou o autor.
Luís Alexandre Rodrigues é natural de Bragança, onde exerce a docência. Além de leccionar, o estudioso é membro do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade e secretário da Mesa da Assembleia-geral da Associação Portuguesa de Historiadores de Arte.
Entre os trabalhos da sua autoria destaca-se «Bragança no Século XVIII. Urbanismo. Arquitectura» e «De Miranda a Bragança: Arquitectura Religiosa de Função Paroquial na Época Moderna».