A sorte decidiu

PUB.

Qua, 02/11/2005 - 15:29


Foi a sorte a decidir o resultado final entre o Bragança e o Brito. Um ressalto de bola dentro da pequena área minhota sobrou para Marco Móbil bater o guarda-redes, Alfredo, quando a maior parte dos adeptos já esperavam o final do jogo.

Os bragançanos já abandonavam o estádio aos poucos, cientes de que o 1º lugar ficava por conta do Maria da Fonte e do Mirandela.
A partida foi muito bem jogada por ambas as equipas e as oportunidades foram quase repartidas. Contudo, na primeira parte o Bragança não soube tirar partido duma maior acutilância no ataque e o Brito perdeu um golo escandaloso.
Depois, Rui Parada, com duas grandes defesas, marcou a diferença e a sorte acabou por proteger a equipa do Bragança.
Os minhotos estiveram muito bem organizados e deram sempre muito trabalho ao último reduto dos transmontanos. Rui Parada acabou mesmo por ser o melhor jogador em campo, com três defesas de grande categoria, enquanto o Bragança, pelo contrário, criava jogadas de ataque mas o golo teimava em não entrar e a tranquilidade de um líder não estava a ser conseguida.
Neste jogo houve poucas faltas e boa movimentação dentro das quatro linhas, mas o maior fulgor pertenceu à equipa do Brito, uma turma que mais parecia um computador programado para jogar sem erros.
Na segunda parte, com a saída de Dias e a entrada de Célio, os minhotos recuaram muito e começaram a perder o domínio do jogo.
Aos poucos foram reagindo e Terinho teve o golo nos pés, não fosse mais uma intervenção de Rui Parada.
Qualquer uma das equipas poderia ter ganho os três pontos, mas a sorte esteve do lado do Bragança. Já o Brito vai dar que falar neste campeonato.
O juiz da partida, Sérgio Sousa, não teve grandes preocupações. Houve algumas dúvidas no cruzamento de Rui Gil aos 90 +3, com bola no braço ou braço na bola a evitar o cruzamento. Depois houve uma queda ou outra de Pires a provocar dois livres frontais para a baliza de Alfredo, que não nos pareceram falta e, finalmente, o auxiliar Celso Neves a arrancar um fora de jogo a Carneiro muito duvidoso. De resto, não houve razões para lances de grande polémica.
Fica apenas registado a falta de desportivismo do treinador Jorge Batista que não quis falar à imprensa.

Estádio Municipal de Bragança
Árbitro – Sérgio Sousa, Celso Neves e Henrique Rocha (AF Porto)

Bragança – Rui Parada; Pedrinha, Fernando Silva, Lino e Rui Gil; Carlitos, Rui Borges e Rui Nelson; Everton, Mauro Vitorino (Marco Móbil 66”) e Pires.
Treinador – Lopes da Silva
Amarelos – Rui Gil 21” e Rui Borges 33”

Brito – Alfredo; Peixe II, Tonanha, Gentil e Dâmaso; Peixe I, Pedro Adão e Dias (Célio 57”); Carneiro, Miguel Mota (João Pinto 71”) e Pedro Mendes (Terinho 64”).
Treinador – Jorge Batista
Amarelos – Tonanha 37”, Peixe II 60” e Gentil 90”

1ª Parte – 1-0.
Marcador – Marco Móbil 90+4