Ter, 09/01/2007 - 11:34
Mais que uma obra para a cidade, a escultura intitulada de “A Mulher, a Serpente e o Fogo” é uma homenagem póstuma ao criador da escultura Eurico Pires, artista com raízes em Formil, concelho de Bragança.
Em vida, o escultor quis deixar uma peça à cidade, iniciando a obra “A Mulher, a Serpente e o Fogo” em casa dos pais, para onde levou um bloco de pedra. De resto, quando regressava de França ia dando um pouco mais de forma a este trabalho.
A intenção de Eurico Pires era colocá-la num espaço público. Contudo, faleceu em 2003, não tendo oportunidade de concretizar essa vontade. Entretanto a Câmara Municipal de Bragança (CMB) apoiou a conclusão da obra, que amigos de Paris, vieram acabar. “Depois de concluída decidimos colocá-la num espaço público, pois trata-se de uma peça bonita e simples, que embeleza a cidade”, explica o presidente da CMB, Jorge Nunes.
Mas, mais que tudo “a inauguração desta escultura é um gesto de homenagem a um cidadão que tinha uma atitude positiva para com a sua terra e os seus conterrâneos”, destaca Jorge Nunes.
Eurico Pires, pai do falecido artista, considera que “A Mulher, a Serpente e o Fogo” é uma memória viva do seu filho e que um dos sonhos foi, agora, concretizado, com a obra oferecida à Câmara e subsequente exposição num local público”.
A inauguração da peça decorreu em ambiente emotivo, ainda mais, porque a escultura tinha sido vandalizada na noite anterior, estando parcialmente coberta de óleo.
Eurico Pires nasceu em Angola em 1964, os pais são naturais de Formil, freguesia de Gostei. Frequentou a Associação de Desenvolvimento das Artes Plásticas em Paris, cidade onde estudou. As suas obras estiveram expostas no Museu Abade de Baçal e no Centro Cultural Paulo Quintela. Enveredou pela Escultura, área onde teve formação.