Sócrates só promete rigor

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Ter, 17/10/2006 - 16:01


Com o objectivo de “pedir o apoio ao Partido Socialista”, José Sócrates esteve, anteontem, em Vila Flor. Além de apresentar a sua recandidatura a secretário-geral do partido, o dirigente expôs uma moção de políticas de orientação nacional com o título “O Rumo do PS: Modernizar Portugal”.

No seguimento desta iniciativa, José Sócrates anunciou que vai continuar com a política de rigor que tem aplicado até aqui, com o objectivo de fazer crescer a economia portuguesa.
“Temos melhorado ao nível da média europeia e crescido mais do que há um ano atrás”, salientou o responsável.
A par deste anúncio, o dirigente revelou que, entre Julho de 2005 e deste ano, foram criados cerca de 48 mil novos postos de trabalho, um sinal da retoma financeira. “Pela primeira vez, a economia portuguesa mostrou que produz emprego”, sublinhou José Sócrates.
O primeiro-ministro classificou, ainda, o PS como “o partido da solidariedade”, uma vez que um dos seus objectivos é combater a pobreza. Para isso, prevê a implementação do Complemento Solidário ao Idoso (CSI) para “permitir uma qualidade de vida digna”. Trata-se de um programa que será aplicado a quem tenha mais de 70 anos, cujo rendimento mensal seja inferior a 300 euros. Nestes casos, o Governo complementa as receitas dos mais velhos até atingirem, pelo menos, este valor. Esta é, segundo José Sócrates, uma das reformas da Segurança Social promovidas pelo Executivo.

Encerrar a pensar nos alunos

A educação foi outro dos temas debatidos por José Sócrates que assegurou que esta é uma área que sofrerá, ainda, bastantes mudanças, uma vez que “o PS deseja uma educação de excelência”, referiu.
Assim, defende a implementação de uma “escola a tempo inteiro”, à semelhança do que acontece em vários países. Com a aplicação de diversas actividades extracurriculares, como o Inglês, o responsável espera conseguir promover o empenho e aproveitamento dos alunos. “Daqui a 10 ou 15 anos, Portugal vai falar melhor esta língua, que é essencial”, asseverou o dirigente.
O primeiro-ministro discutiu, ainda, o estatuto da carreira dos docentes. Referiu-se à progressão dos professores como “uma injustiça”, uma vez que no sector privado, para se chegar ao topo da profissão, é necessário trabalhar. Já os docentes atingem o máximo nas suas carreiras com anos de serviço, independentemente de desempenharem bem ou mal a sua função. “Queremos premiar os melhores e incentivar o seu empenho”, sublinhou o responsável. Para isso, os docentes vão ser submetidos a avaliações, tal como acontece noutras áreas.