Sindicatos exigem maternidades

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Ter, 04/04/2006 - 14:41


O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, recebeu, ontem, cerca de 13 mil assinaturas das mãos dos representantes da União de Sindicatos de Bragança (USB) / CGTP. A iniciativa é mais uma manifestação contra o programado encerramento das maternidades e dos serviços de urgência no Nordeste Transmontano.

A acção, segundo a dirigente da USB/CGTP, Lurdes Marinho, representa uma luta do distrito, porque se o encerramento dos serviços for levado a cabo, a população transmontana é que sairá penalizada. “Essa decisão revela falta de responsabilidade, pois todos temos direito à saúde”, acrescentou a dirigente.
Na óptica da sindicalista, justiça seria os serviços de saúde chegarem a todos. “Trabalhamos e pagamos impostos para termos direito à Saúde e vemos retirarem-nos aquilo que pagamos com o nosso esforço”, realçou Lurdes Marinho.
Em contrapartida, Lurdes Marinho propõe o encerramento da Assembleia da República, como forma de angariar verbas para cobrir o défice. “Os deputados têm ordenados exorbitantes e, além disso, não sabem o que é ter necessidade de um serviço de urgência”, salientou a sindicalista.
Para o governador civil de Bragança, esta acção demonstra preocupação com a região, mas qualquer decisão do governo tem que ser encarada numa perspectiva positiva. “Se o encerramento duma das salas de parto trouxer mais qualidade aos cidadãos então, é por aí que devemos caminhar”, realçou.