Santulhão organiza feira

PUB.

Ter, 31/01/2006 - 15:57


Anteontem, a aldeia de Santulhão, concelho de Vimioso, acolheu a I Feira de S. Julião. Apesar do frio que se fazia sentir, a população acorreu em larga escala ao primeiro certame do género organizado na localidade.

Inserida nas festividades de S. Julião, que já se realizam pelo segundo ano consecutivo, a feira contou, ainda, com um baile no salão da Junta de Freguesia de Santulhão (JFS), com a alvorada e missa, seguida de uma procissão. A arruada de gaiteiros, que andaram pelas ruas da aldeia a animar as gentes de Santulhão, foi outra das iniciativas que marcou a jornada.
O objectivo do certame é, segundo o presidente da JFS, Pascoal Padrão, “dinamizar a aldeia e dar vida às pessoas”. Deste modo, a Comissão de Festas e a JFS, entidades que organizaram o evento, contactaram alguns feirantes no sentido de exporem os seus produtos. Além das compras já habituais, como materiais têxteis e utensílios da lavoura, os visitantes podiam, também, adquirir produtos típicos e regionais. Como foi a primeira feira, a organização deu um incentivo de cerca de dez euros aos vendedores, no sentido de os “ajudar com as despesas e de os enraizar, para que no próximo ano possam estar cá de novo”, assegurou o responsável.
Para além da vertente económica, a feira foi organizada no sentido de promover o convívio e um espírito de grupo entre os mais velhos, que, caso não fossem à feira, “ficariam em casa junto ao lume”, garantiu Pascoal Padrão.
A iniciativa é vista por todos como uma forma de dinamizar a localidade, uma vez que “chama” pessoas de aldeias vizinhas.
Os feirantes, preocupados em vender num dia tão frio, mostraram-se todos dispostos em regressar, caso a feira se volte a realizar. “Eu pretendo voltar cá, porque as pessoas são acolhedoras e por que se vende sempre alguma coisa”, afirmou José Borges, um feirante de Morais.
Numa localidade em que a maior parte da população se encontra envelhecida, estas feiras e eventos são bem recebidos. “São bons, pois os mais velhos já não se podem deslocar para fora às feiras, assim compram o que precisam à porta das casas”, salientou Joaquim Silva, vendedor de Bragança.