Qua, 31/05/2006 - 15:45
Note-se que Freitas não é um governante desprovido de competências nesta matéria, porque além da pasta dos Negócios Estrangeiros, também é ministro de Estado. Por isso, as garantias que deixou em Sayago (Espanha) são para tomar em conta.
Chega-se, então, à conclusão que se tem feito muito barulho por nada, como que se a aproximação da época estival anunciasse um vazio noticioso que, de vez em quando, precisa de ser abanado.
O caso da central nuclear já fez correr muita tinta (inclusive neste jornal), mas fica a ideia que andamos todos a discutir um projecto que só passa pela cabeça do empresário Patrick Monteiro de Barros. Então, se o Instituto de Conservação da Natureza nem sequer autoriza a construção duma via rápida entre Bragança e a fronteira do Portelo, rasgando o coração do Parque Natural de Montesinho, muito menos vai viabilizar a criação duma central nuclear no Parque Natural do Douro Internacional. É carta fora do baralho e muitos dos autarcas que rejeitam o empreendimento sabem disto. Então, qual o porquê deste “ruído nuclear”? Talvez porque seja preciso marcar posições quando os órgãos de comunicação social levantam este tipo de questões e, porque em matéria de defesa dos interesses das populações, seja imperioso jogar à defesa.
Após as declarações de Freitas do Amaral, talvez acalme a tempestade…num copo de água. Afinal, alguém viu algum técnico ao serviço da ENOPOR – Energia Nuclear de Portugal a fazer medições ou estudos no Douro Internacional? Ou existe algum documento ou mapa que dê como certa a chegada da era nuclear ao Nordeste Transmontano?