Ter, 24/01/2006 - 15:15
A funcionar desde o passado dia 3, este serviço tem capacidade para 18 utentes e já se encontra praticamente lotado.
“Neste momento, temos 12 utentes na valência de lar, mas já existe um grande número de pessoas em lista de espera”, salienta o presidente do CSPSCR, António Pires.
Entre os utentes encontram-se pessoas oriundas de diferentes pontos do Nordeste Transmontano, nomeadamente da vila de Mogadouro e das aldeias vizinhas de Rebordaínhos e Pombares
O Centro Social e Paroquial funciona há cerca de 10 anos com as valências de Centro de Dia e Apoio ao Domicílio. Contudo, as necessidades da população idosa de Rossas e das aldeias vizinhas levaram esta instituição a criar a valência de lar.
“Estas casas, infelizmente, têm muita procura, mas felizmente que existem para dar apoio a pessoas com muitas carências, muitas necessidades e muitas dificuldades”, acrescentou o responsável.
Financiamento atrasou obra
O lar da aldeia de Rossas tem capacidade para acolher pessoas muito debilitadas, nomeadamente utentes acamados. “Muitas vezes as famílias não têm condições para lhe dar a assistência necessária”, revela António Pires
A construção desta infra-estrutura, contudo, arrastou-se durante cerca de cinco anos, não só devido à burocracia que envolveu o projecto, mas também aos atrasos das verbas que foram inscritas em PIDDAC.
Esta obra, orçada em cerca de 400 mil euros, veio satisfazer as necessidades dos idosos, que, segundo António Pires, já tinham apresentado muitas solicitações.
Dada a elevada procura desta valência, o responsável salienta que, a longo prazo, é necessário aumentar a capacidade de acolhimento do lar de Rossas, para poder satisfazer os pedidos que vão ficando em lista de espera.
No apoio ao domicílio, o CSPSCR acompanha, diariamente, cerca de 30 utentes. “Para além de servirmos as refeições, também efectuamos a higiene em casa dos utentes mais necessitados”, afirma o presidente do Centro Paroquial.
As actividades lúdicas e a animação também fazem parte do dia-a-dia dos utentes do lar, que, no passado sábado, acolheram, com entusiasmo, a apresentação do livro “Memórias do meu Avô”, da autoria de Sara e Carlos Geraldes.
Esta obra foi bem acolhida pelos mais velhos, que reviveram algumas memórias ao ouvirem os poemas recitados pelo ancião Carlos Geraldes. No entanto, foram os versos dedicados aos defeitos das mulheres que causaram mais entusiasmo, numa sala onde o sexo feminino se encontrava bem representado.