Qua, 23/08/2006 - 10:11
Realizado pelo sexto ano, este evento foi promovido pela Associação Cultural e Desportiva de Sto. Antão de Romariz (ASSAR) com o objectivo de homenagear todas as pessoas que resistem à notória desertificação do concelho e continuam a viver naquela pequena aldeia.
“Pretendemos preservar e divulgar as tradições, dignificar as pessoas e fazer com que os dias sejam diferentes para esta gente”, avançou o presidente da ASSAR, Abel Pereira.
À excepção de cerca de seis pessoas com idades inferiores a 30 anos, a restante população de Romariz é idosa e reformada, pelo que os mais novos pensam em abandonar a localidade para viver noutro lugar. “Acho que vou morar para outro sítio, porque aqui não há nada para fazer”, confirmou Ana Isabel, uma das habitantes mais novas de Romariz.
A homenagem é, assim, “uma pedrada no charco da desertificação”, sublinhou Abel Pereira, pelo que o responsável espera que “com esta iniciativa, as pessoas se sintam mais úteis”.
Este evento e a ideia de divulgarem as fotografias dos habitantes mais “resistentes” foram encarados, pela população, como uma questão de justiça e uma iniciativa criativa.
Após a inauguração da exposição com os trabalhos de alunos do Instituto Jean Piaget e da celebração da missa, a população reuniu-se para um almoço. A realização de um peddy paper marcou o resto do dia, que terminou com um jantar convívio.