Romanos em Macedo

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Ter, 06/06/2006 - 15:41


Pelo quarto ano consecutivo, a Terras Quentes, associação que se dedica à divulgação e protecção do património arqueológico do concelho de Macedo de Cavaleiros, levou a cabo as Jornadas de Primavera.

Trata-se de um espaço dedicado, por um lado, a comunicações de interesse arqueológico para a região e, por outro, à divulgação dos trabalhos que têm sido levados a cabo sob a égide desta associação, tendo em vista o lançamento do caderno de arqueologia.
Nesta quarta edição, foi na sala de conferências do Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros que se realizaram as conferências. Já no ano passado, o palco foi o Núcleo de Salselas do Parque de Natureza do Azibo, onde se situa a sede da Associação e a Sala Museu de Arqueologia.
As Jornadas foram um intenso espaço onde aconteceram doze intervenções que, maioritariamente, abordaram temas relativos aos espaços intervencionados pelas campanhas arqueológicas. As temáticas relacionadas com a História da Arte e a conservação do património também foram contempladas, dado que a Terras Quentes tem patrocinado o desenvolvimento destas áreas no concelho de Macedo de Cavaleiros.

Fundição da Idade do Bronze

A sessão terminou com o lançamento da terceira edição dos “Cadernos Terras Quentes”, que resultam das actividades desenvolvidas pela associação ao longo do ano anterior.
Após a apresentação do livro realizou-se uma visita à Sala-Museu de Arqueologia, em Salselas, onde já está patente algum espólio resultante das intervenções de 2005.
No que toca às actividades, o presidente da associação, Carlos Mendes, realçou a descoberta duma série de painéis com pinturas rupestres, na freguesia de Lagoa, perto da Ribeira do Carvalhal.
A identificação de um troço de 7 quilómetros da Via Romana XVII (que ligava Braga a Astorga), entre Vila Nova da Rainha e Lamalonga, foi outra das acções em destaque.
Isto, a par da descoberta duma caixa de areia no povoado da Fraga dos Corvos, que terá sido uma área de fundição na 1ª Idade do Bronze.