Rock na aldeia

Tal como habitual, a organização do festival partiu da Associação Cultural e Recreativa de S. Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro.
Ao longo dos últimos sete anos, o Ga-Rock, tem vindo a afirmar-se como uma festa única, muito mais o que um concurso de bandas amadoras, sendo mesmo considerado “um monumento de celebração em torno da musica alternativa”.
Sendo assim, a organização lamenta que mais gente não se desloque à localidade mirandesa para a assistir a concertos de bandas com vontade de vencer no mundo da música.
Recorde-se que, ao longo das sucessivas edições, já pisaram o palco do Ga-Rock cerca de 70 bandas de garagem, oriundas de todo o País, algumas das quais com prestações de elevado nível musical.

Selecção apertada

Para tal contribui os critérios de selecção usados pela organização. Recorde-se que, durante o período de pré-selecção aparecem 45 a 60 bandas a concurso, das quais só nove pisam o palco. O grupo vencedor recebe o maior prémio e tem direito a actuar no Carviçais Rock.
Segundo Alfredo Cameirão, um dos organizadores da iniciativa, as bandas chegam a São Pedro da Silva durante todo o dia para o teste de som, altura em começam verdadeiros momentos de confraternização entre os elementos de cada um dos grupos e as gentes locais. “Tudo isto marca a especificidade da festa, desde logo porque há um contraste entre a urbanidade de quem visita a aldeia e a ruralidade existente, da qual resulta uma simbiose interessante”, considera o organizador.
Segundo o responsável, “muitas são as bandas que andam várias centenas de quilómetros para, por vezes, só receberem o prémio dos aplausos dos presentes no pavilhão”.
Este ano, estiveram em palco nove bandas, mais os convidados Dr. Salazar, da Amadora, que animaram mais uma noite fria de Inverno, em tempo de solstício.
No tocante à data do Ga-Rock, os amantes da música defendem que o festival se deve manter em tempo frio, “já que a região tem muita mais para oferecer durante o Inverno do que no Verão”, considera Alfredo Cameirão.