Ricardo Vilela aponta para nova vitória da W52/F.C. Porto

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Ter, 03/08/2021 - 14:53


O brigantino Ricardo Vilela, ciclista da W52/F.C. Porto Reconco, participa a partir desta quarta-feira, dia 4, na 82ª edição da Volta a Portugal.

A prova rainha do ciclismo nacional volta ao seu figurino habitual, depois de uma edição especial realizada em Setembro de 2020, com menos etapas, devido à pandemia.

Este ano, a competição volta ao seu mês tradicional, Agosto, e ao formato de um prólogo e dez etapas. O percurso tem início em Lisboa, esta quarta-feira, dia 4, e termina no dia 15 de Agosto em Viseu.

Em prova vão estar 132 ciclistas, em representação de 19 equipas, com destaque para Ricardo Vilela. O ciclista, natural de Bragança, representa a W52/F.C. Porto Reconco e vai somar a sua nona participação na maior prova de ciclismo de Portugal.

A W52/F.C. Porto domina o panorama nacional, tendo somado nos últimos cinco anos outras tantas vitórias na Volta a Portugal. Para este ano o objectivo é não é diferente. “O objectivo é renovar o título e vencedores da volta. Não vamos dizer que é com o ciclista A, B ou C. Temos uma equipa forte e tenho a certeza que podemos ganhar com qualquer ciclista da equipa”, garantiu o brigantino.

A nível individual, Vilela não esconde o sonho de vencer a competição, mas “o mais importante”, para o ciclista, “é a vitória da equipa”.

Ricardo Vilela diz estar a atravessar uma boa fase. “Desde que cheguei à equipa que trabalho para estar num bom nível físico na volta. Este ano tive boas provas, boas sensações e voltei a encontrar-me fisicamente e psicologicamente. Algo que há dois anos não consegui. Vamos ver como vai correr”.

Na 82ª edição da Volta a Portugal não falta percurso de montanha com destaque para a subida à Torre na terceira etapa, no dia 7 de Agosto, e a chegada à Serra do Larouco e Senhora da Graça na recta final da competição, antes do contrarrelógio final, em Viseu.

“Depois da chegada a Bragança temos a etapa da Serra do Larouco, em Montalegre, após as passagens por Vinhais, Chaves, Boticas. É um percurso muito duro. Esta etapa, a do dia seguinte, até à Senhora da Graça, e o contrarrelógio final vão ser decisivas”, destacou o ciclista.

Ricardo Vilela vai chegar a “casa” no dia 12 de Agosto, na sétima etapa, que liga Felgueiras a Bragança. É a tirada mais longa da volta, 193,2 quilómetros. “É sempre bom chegar a casa. É a etapa mais longa. Conheço bem o percurso e é desgastante. Apontam para uma chegada ao sprint, mas também pode haver uma fuga”.

Este ano participam 19 equipas, entre as quais a Movistar, a primeira formação World Tour a participar na prova desde 2011. Os aficionados do ciclismo esperam espectáculo, mas Ricardo Vilela mostra-se um pouco reticente quanto a isso. “Vou ser realista, neste momento e com a pandemia não acho que favoreça a Volta a Portugal. É uma equipa Worl Tour mas não vem com os melhores como toda a gente está à espera, pois esses vão para a Volta a Espanha. Vêm os ciclistas mais jovens. Por outro lado, penso que não favorece as equipas portuguesas, porque para terem mais equipas diminuíram ao número de ciclistas. Nós, através da associação de ciclistas profissionais, tentámos fazer força para passarem a ser oito em vez dos sete por equipa, mas a organização não cedeu”, explicou.

São 132 ciclistas que vão para a estrada de 4 a 15 de Agosto, num percurso desenhado entre Lisboa e Viseu, num total de 1568 quilómetros.

O vencedor da edição especial de 2020 foi Amaro Antunes, da W52/F.C. Porto Reconco.

 

Jornalista: 
Susana Madureira