Ressonância Magnética a 200 Km

PUB.

Ter, 08/08/2006 - 14:26


Os utentes do distrito de Bragança que necessitem de fazer uma Ressonância Magnética, prescrita por um profissional de saúde do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), têm que se deslocar ao Serviço Médico de Imagem Computorizada (SMIC), no Porto.

Esta situação verifica-se desde meados do passado mês de Abril, altura em que o CHNE abriu um concurso público para convencionar este serviço a uma empresa exterior. Anteriormente, os exames de Ressonância Magnética prescritos pelo CHNE eram efectuados em Bragança, na Clínica Telmo José Moreno, Lda. Mas, a proposta apresentada, este ano, pela clínica bragançana não mereceu o interesse da administração do CHNE, que preferiu contratar este serviço a duas centenas de quilómetros da capital de distrito.
De acordo com a administração do CHNE, a questão financeira teve um forte peso na escolha da empresa de saúde para efectuar os exames de Ressonância Magnética.
Quanto à distância que os utentes têm que percorrer para terem acesso a este serviço, a administração do CHNE realça que o transporte é assegurado com viaturas do hospital, que garantem a deslocação dos utentes ao SMIC.
Apesar desta empresa ter aberto, recentemente, um centro de diagnóstico em Vila Real, os utentes do CHNE continuam a deslocar-se ao Porto, dado que os equipamentos da capital duriense ainda estão em teste.

Equipamento com custos elevados

O CHNE frisou, ainda, que a aquisição e manutenção do equipamento para efectuar Ressonâncias Magnéticas tem custos elevados, pelo que fica mais económico contratar este serviço no exterior, tal como acontece com outros exames de Saúde prescritos pelos hospitais que integram o Centro Hospitalar.
Já os utentes que necessitem efectuar uma Ressonância Magnética aconselhada pelo médico de família podem efectuar o exame em qualquer clínica que preste este serviço, pagando o exame na totalidade e pedindo, posteriormente, o reembolso do montante gasto no exame.
A coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança, Berta Nunes, explica que não existe convenção para este exame, uma vez que a média de Ressonâncias Magnéticas prescritas pelos profissionais dos Centros de Saúde é muito reduzida (cerca de 3 por mês).
No entanto, os exames solicitados pelo CHNE ficam mais baratos para o utente, uma vez que só têm que pagar uma taxa moderadora de 19,50 euros.
Já os exames prescritos pelos médicos de família têm que ser pagos, na totalidade, pelo utente (cerca de 250 euros caso se trate de uma Ressonância Magnética simples) que, posteriormente, é reembolsado em cerca de 200 euros.