Raio X sem uso

PUB.

Ter, 10/01/2006 - 14:42


Longe vão os tempos em que a maioria dos Centros de Saúde da periferia do distrito de Bragança não dispunham de aparelhos de Raio X e que os utentes passavam várias horas nos corredores dos hospitais para fazer um simples exame radiológico.

Com a construção de novos Centros de Saúde, novos equipamentos foram adquiridos, mas alguns ainda não se encontram em funcionamento, apesar do Estado ter investido largos milhares de euros nestes meios de diagnóstico.
Esta situação verifica-se nos centros de Saúde de Mogadouro, Vimioso, Miranda do Douro, Vinhais e Carrazeda de Ansiães.
Segundo a coordenadora da sub-região de Saúde de Bragança, Berta Nunes, “os equipamentos estão nos respectivos centros de Saúde, mas, devido a falhas diversas, ainda não estão operacionais”.
A responsável revela que “há situações de verdadeira negligência em alguns Centros de Saúde do distrito”. Estas “falhas” estão, agora, a ser estudadas pelos responsáveis da Sub-Região de Saúde de Bragança, de modo a apurar quais os verdadeiros problemas.

Caso caricato em Freixo

O caso mais caricato foi detectado no Centro de Saúde de Freixo de Espada à Cinta, um dos concelhos com as piores vias de acesso aos hospitais distritais, onde o equipamento de Raio X se encontra avariado há vários meses. “Ainda não se encontrou uma solução para que o sistema fosse reparado”, avançou Berta Nunes.
Face a esta situação, a Sub-Região de Saúde de Bragança já garantiu que vão ser abertos concursos para técnicos de Radiologia.
No que toca a questões de ordem técnica e logística, o objectivo é colocar os equipamentos aptos a trabalhar. Todo o processo está a ser, igualmente, ultimado, “situação que se prevê concluída ainda no primeiro trimestre do corrente ano”, afiançou a coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança.
Outra das garantias dadas é a de que a teleradiologia naqueles centros de saúde vai passar a ser uma realidade. Para tal, está em fase de concurso a contratação de especialistas para fazer a leitura e os relatórios de radiografias “no espaço de 48 horas, em situações menos urgentes, e na hora, em caso de urgência”, garantiu Berta Nunes.