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Querida amiga:

Qua, 03/05/2006 - 15:44


Espero que estejas bem. Já tinha saudades desta relação epistolar, meio de comunicação cada vez menos usual nos nossos dias.

Não estamos a ficar iletrados, mas sim objectivamente comodistas, fruto das novas tecnologias a que esta nossa sociedade massificada se habituou, mas, sinceramente, não há nada melhor que deixar que a caneta registe o que nos vai na alma, em momentos irrepetíveis ou simplesmente palavras de carinho e amor que temos agrilhoadas cá dentro e que há uma ânsia enorme de partilhar com alguém.
Hoje é um daqueles dias em que tenho necessidade de me evadir. Senti-me impelida a escrever-te porque acabei de ler um livro de Alexandre Honrado, “ A Minha Vida Não É Nada Disto”, e que me tocou profundamente. Gostava que o lesses. Fala dos problemas que os jovens enfrentam no seu quotidiano: escolas pouco receptivas, problemas com os pais, o amor, o desespero, as minorias, …
Fala depois das deliberações que nós, jovens, devemos tomar para rodear esses problemas, ou melhor, para os enfrentar. Fala abertamente, sem tabus nem rodeios. Repito, tocou-me profundamente, porque faz reflectir, encoraja a agir e mostra como a vida pode ser maravilhosa quando sabemos seguir em frente, sem vacilar.
Estou ciente de que vais aproveitar a indolência das férias para esta leitura…
Posteriormente, diz o que pensas do enredo para uma melhor troca de ideias, pois eu sei que, tal como eu, tens uma relação simbiótica com os livros.
Não vais ficar desiludida com esta leitura.
Um beijo da amiga sempre ao dispor.

Ana Catarina